.jpeg)
Foto: Eduardo Andrade/AscomSDE
Bahia se prepara para aderir ao Sistema Nacional de Economia de Impacto
A Bahia está prestes a dar um passo importante rumo à consolidação de
um novo modelo de desenvolvimento econômico, baseado na
sustentabilidade, na inclusão social e na geração de impacto positivo.
Nesta terça-feira (22), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE)
sediou uma reunião com representantes do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para tratar da adesão do Estado ao
Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto).
Presente na reunião, o diretor de Comércio, Serviços e Oportunidades
de Negócio da SDE, José Carlos Oliveira, destacou a relevância do tema
dentro do cenário das novas economias. “Esse modelo de impacto está
colocado como uma economia portadora de futuro. Ao lado da economia
verde, circular, solidária e da nova indústria, ela representa um novo
paradigma, que rompe com a lógica do lucro pelo lucro e propõe uma forma
de desenvolvimento mais sustentável, resiliente e comprometida com o
bem viver”, afirmou.
A reunião integrou a agenda de articulação interfederativa da
Enimpacto, política pública do governo federal que estrutura a
Estratégia Nacional de Economia de Impacto. O objetivo foi alinhar os
últimos pontos para que a Bahia formalize sua adesão ao Simpacto e, com
isso, se integre plenamente à estratégia nacional.
De acordo com Hérrisson Dutra, representante do MDIC para a região
Nordeste, a Bahia já cumpre os principais requisitos: possui um coletivo
com mais de 300 empreendedores de impacto, está prestes a publicar um
decreto estadual sobre o tema e conta com o compromisso da SDE em criar o
Comitê Estadual de Economia de Impacto. “Essa reunião foi essencial
para fechar acordos internos, fortalecer a mobilização da sociedade
civil e avançar na regulamentação necessária para o Estado aderir
formalmente ao Simpacto”, explicou.
A economia de impacto é um segmento das novas economias que se
estrutura em torno de negócios cuja principal motivação é resolver
problemas socioambientais. Esses empreendimentos aliam retorno
financeiro com impacto positivo na sociedade e no meio ambiente,
valorizando práticas como o comércio justo, a sustentabilidade e a
inclusão social.
“A economia de impacto não se restringe a cooperativas ou ONGs.
Qualquer empreendedor que identifique uma oportunidade de negócio com
foco em soluções para sua comunidade pode fazer parte desse ecossistema.
É uma política pública que trabalha desenvolvimento com
sustentabilidade”, explicou Hérrisson.
Conexão: Economia de Impacto – Bahia
Ainda nesta terça-feira (22), a SDE compôs o painel “Economia de
Impacto: Construindo caminhos para uma nova economia”, no evento
Conexão: Economia de Impacto – Bahia, realizado na sede do Sebrae. O
encontro reuniu diversos órgãos e especialistas, que debateram desafios e
oportunidades da economia de impacto, unindo o ecossistema local com
articulações nacionais e incluindo a estruturação do Simpacto no Estado.
De acordo com a Estratégia Nacional e o Comitê de Economia de
Impacto, essa é uma modalidade econômica caracterizada pelo equilíbrio
entre a busca de resultados financeiros e a promoção de soluções para
problemas sociais e ambientais, por meio de empreendimentos com impacto
socioambiental positivo, que permitam a regeneração, a restauração e a
renovação dos recursos naturais, a inclusão de comunidades e que
contribuam para um sistema econômico inclusivo, equitativo e
regenerativo.