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Inscrições para o Prêmio Jovem Cientista entram na reta final
As inscrições para a 31ª edição do Prêmio Jovem Cientista entraram na reta final. Estudantes do ensino médio, ensino superior, além de alunos que estejam cursando ou já tenham concluído mestrado e/ou doutorado podem submeter seus projetos de pesquisa até às 18h do dia 31 de julho.
O prêmio tem, ainda, outras duas categorias: mérito institucional, que reconhece instituições de ensino cujos estudantes se destacaram na premiação, e mérito científico, que reconhece um pesquisador de destaque na área temática da edição. Neste ano, o tema do Prêmio Jovem Cientista é: "Resposta às Mudanças Climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como Aliadas”.
É possível conferir mais informações sobre as categorias e requisitos para participação no edital, disponível no site oficial: Link. Para participar, os estudantes devem inscrever seus projetos de pesquisa, conforme o regulamento de cada categoria.
Estudantes de graduação ou pós-graduação podem desenvolver projetos em onze linhas de pesquisa. Já os estudantes do ensino médio devem elaborar seus trabalhos científicos dialogando com, ao menos, um dos seis eixos previstos no edital.
O prêmio
é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, conta com
patrocínio master da Shell e tem apoio de mídia da Editora Globo e do
Canal Futura.
A ciência no enfrentamento à crise climática
Para
Mariana Vale, professora do Departamento de Ecologia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a evidência científica tem um papel
fundamental no enfrentamento às mudanças climáticas. “A ciência nos
instrumentaliza para identificar os efeitos das mudanças climáticas e
aumentar a resiliência dos sistemas naturais e humanos. Ela fornece uma
base de evidências que pode subsidiar decisões públicas, com foco na
eficiência econômica e na justiça social. Com isso, é possível auxiliar o
poder público para que este tome decisões mais acertadas”.
Por
isso, estimular a produção científica e sua divulgação junto à sociedade
são passos fundamentais, incentivados pelo Prêmio Jovem Cientista. “Um
prêmio como esse é muito importante para reconhecer e valorizar o
conhecimento produzido pelos estudantes e pesquisadores. É uma forma de
estimular a produção científica no país”, avalia Mariana Vale.
O Prêmio
Jovem Cientista foi criado em 1981 pelo CNPq, e conta com a parceria da
Fundação Roberto Marinho desde 1982, e de empresas da iniciativa
privada, com o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no
país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram
soluções inovadoras para os desafios da sociedade. A cada edição, o
prêmio traz um tema importante para o desenvolvimento científico e
tecnológico, que atenda às políticas públicas da área e seja de
relevância para a sociedade brasileira.
Ao longo
de sua história, o Prêmio somou mais de 22 mil trabalhos inscritos e
premiou 203 estudantes e pesquisadores, além de 23 Instituições de
Ensino e Pesquisa e 7 pesquisadores doutores com o mérito científico.
Linhas de Pesquisa - Ensino Superior
- Resiliência e adaptação às mudanças climáticas: estratégias de adaptação em zonas vulneráveis e sistemas preditivos;
- Cidades inteligentes e sustentáveis: planejamento urbano e adaptação às mudanças climáticas com infraestrutura resiliente e mobilidade sustentável;
- Segurança hídrica e alimentar diante das mudanças climáticas: gestão sustentável de recursos naturais e desigualdades sociais;
- Bioeconomia e economia circular no enfrentamento das mudanças climáticas;
- Tecnologias emergentes para mitigação das mudanças climáticas: IOT, inteligência artificial, aplicações de sensoriamento remoto e análise de dados na redução das emissões de gases de efeito estufa;
- Impactos das mudanças climáticas na saúde pública: desafios e estratégias de adaptação para promoção do bem-estar em cenários climáticos extremos;
- Desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e hidrogênio verde no combate às mudanças climáticas e pela redução da descarbonização;
- Educação ambiental e digital para prevenção de desastres: engajamento comunitário e capacitação em áreas de risco;
- Impactos das mudanças climáticas na frequência e gravidade dos incêndios florestais: análise de riscos, estratégias de mitigação e recuperação de ecossistemas;
- Soluções de produtos sustentáveis e eficazes para combate a desastres;
- Políticas públicas, gestão integrada e iniciativas colaborativas no enfrentamento das mudanças climáticas e para melhoria da qualidade de vida da população.
Linhas de Pesquisa - Ensino Médio
- Soluções sustentáveis para o uso de recursos naturais na escola e na comunidade;
- Tecnologias digitais e aplicativos para o monitoramento ambiental e climático;
- Educação ambiental e engajamento comunitário para a prevenção de desastres;
- Análise dos impactos das mudanças climáticas na saúde e bem-estar;
- Desenvolvimento de produtos sustentáveis a partir de resíduos;
- Agricultura sustentável e adaptação às mudanças climáticas.
Sobre a Fundação Roberto Marinho
A
Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de
educação para não deixar ninguém para trás. Promove, em todas as suas
iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e,
sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade.
Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução
de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como
distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem. A
Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os
cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas
públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na
educação. Incentivar a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho
também está entre as suas prioridades, assim como a valorização da
diversidade e da equidade. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país,
uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções
audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e
suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais.
Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho.
Sobre o CNPq
O
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
criado em 1951, foi o principal ator na construção, consolidação e
gestão do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O CNPq é
vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e sua
atuação se dá, principalmente, por meio do apoio financeiro a projetos
científicos, selecionados por chamadas públicas lançadas periodicamente,
e pela concessão de bolsas de pesquisa. Atualmente, são cerca de 90 mil
bolsistas em diversas modalidades, desde a iniciação científica até o
mais alto nível, as bolsas de Produtividade em Pesquisa. O CNPq também
gerencia programas estratégicos para o país, como o de Institutos
Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), empregando recursos próprios
ou oriundos de parcerias nacionais com fundações estaduais de amparo à
pesquisa (FAPs), universidades, ministérios e empresas públicas e
privadas, além das parcerias internacionais. Atua na divulgação
científica, com o apoio a feiras de ciências, olimpíadas, publicações e
eventos científicos, em especial a Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia. Desde sua criação, o CNPq se encarrega de uma expressiva
agenda de cooperação internacional, com destaque à colaboração em
programas internacionais - bilaterais, regionais e multilaterais. Por
meio do apoio a projetos conjuntos, do intercâmbio de pesquisadores e da
participação em organismos internacionais, o Conselho fortalece as
parcerias estratégicas para o Brasil, ao encontro do que estabelece a
Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Sobre a Shell Brasil
Há 111
anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com
participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa &
Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um
negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a
Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada
pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente
demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente
responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio
do futuro da energia.
Por Carmen Lúcia da Silva