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CS Portos avança para a conclusão das melhorias nos terminais ATU 12 e ATU 18, no Porto de Aratu-Candeias
A CS Portos, empresa da CS Infra, do Grupo Simpar, está em processo de conclusão das obras de modernização dos terminais ATU 12 e ATU 18, localizados no Porto de Aratu, em Candeias (BA). As instalações receberam mais de R$ 900 milhões em investimentos desde 2022 e o ATU12 iniciou sua operação antes mesmo do prazo estabelecido, junho/2025, enquanto o ATU18 começará a operar em junho deste ano. As melhorias contribuirão para a eficiência logística na distribuição de fertilizantes e demais graneis sólidos minerais, essenciais para a economia do Brasil e Nordeste, especificamente o agronegócio e setores de mineração.
As obras ampliaram a capacidade de movimentação do ATU 12 para até 6 milhões de toneladas ao ano – cerca de 3,5 vezes mais do que anteriormente –, além de expandir a capacidade de estocagem para 570 mil toneladas, entre armazéns e pátios, e habilitar o terminal para receber navios de até 125.000 DWT (post-Panamax) e profundidade de 15 metros. Simultaneamente, os novos equipamentos, todos elétricos e de última geração – que incluem tecnologia brasileira e importada de países como Bélgica e China –, irão ampliar a capacidade de movimentação de carga de 3 mil toneladas por dia para até 20 mil toneladas por dia.
Já o ATU 18 poderá movimentar 3,5 milhões de toneladas de grãos por ano, com capacidade inicial de estocar 120 mil toneladas, podendo chegar a 7,5 milhões de toneladas após as expansões previstas.
Para Marcos Tourinho, diretor-presidente da CS Portos, a conclusão das obras no ATU 12 e no ATU 18 reforça a capacidade da empresa em oferecer uma infraestrutura portuária moderna, essencial para superar desafios logísticos regionais e impulsionar a competitividade da produção agrícola nacional. “Entregamos ao mercado uma infraestrutura portuária altamente eficiente e fundamental para o agronegócio, que é um setor relevante tanto para a Bahia, quanto para todo o Brasil. O ATU 12 terá papel estratégico na importação de fertilizantes, enquanto o ATU 18 trará grande avanço na exportação de grãos, especialmente a soja e milho, ajudando a superar gargalos logísticos da região e, por consequência, fortalecendo a produção no campo, principal locomotiva econômica do país”.
A ampliação da capacidade de operação, armazenamento e movimentação aumentará a produtividade de ambos os terminais, tornando-os comparáveis com os melhores portos do mundo, saltando das atuais 300 toneladas por hora para 2.000 toneladas, tudo isso em um processo de excelência operacional e alta produtividade.
Tamanho potencial ajudará a propulsar ainda mais o Porto de Aratu, vice-líder de movimentações dos portos públicos da Bahia em 2024 – foram cerca de 6,03 milhões de toneladas, equivalente a 48% de participação nas cargas operadas pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) no ano passadoi.
Entre as principais melhorias realizadas no ATU 12, estiveram a construção de um novo armazém com capacidade estática mínima de 80 mil toneladas, destinado a fertilizantes em geral; a recuperação estrutural dos berços do TGS 1 e implantação de sistema para tratamento de efluentes líquidos, incluindo drenagem. Além disso, haverá a dragagem de aprofundamento do berço de atracação TGS 1, onde foi disponibilizado o sistema de transporte por esteiras, de forma a interligar o novo armazém ao sistema existente; aquisição de novas máquinas para movimentação e expedição de carga, dentre diversas outras modernizações.
As ações realizadas no local seguem padrões de sustentabilidade contando com os mais avançados sistemas de automação, segurança e proteção ao meio ambiente. Inclui um importante sistema de tratamento de efluentes para os diversos tipos de produtos, bem como um projeto de geração solar a ser responsável pela produção de até 20% da energia consumida nos terminais.
Por Leandro Gonçalves