MIDR defende ações estruturantes para reduzir riscos climáticos e lança plano de aceleração na COP30 (Foto: Didulgação/MIDR)
MIDR apresenta planos para fortalecer resiliência climática na COP30
O Brasil vive, assim como diversas nações, a intensificação de eventos climáticos extremos, com impactos profundos sobre a vida das pessoas, a economia e o meio ambiente. Diante desse cenário, a construção de infraestruturas resilientes ganhou centralidade nas discussões da COP30, em Belém. Representando o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, participou, na segunda-feira (17), da sessão “Destravando o Dividendo da Resiliência: Construindo Futuros por meio de Infraestrutura Resiliente”.
O painel de debates reuniu especialistas e representantes governamentais de diferentes países para abordar o conceito de “dividendo da resiliência”. Elaborado pela Coalizão para Infraestrutura Resiliente a Desastres (CDRI), o conceito enquadra a resiliência climática não somente como custo, mas como oportunidade de fortalecimento da governança de infraestrutura, reforçando o emprego de soluções sustentáveis. A sessão marcou a inauguração do Segundo Relatório Global de Resiliência de Infraestrutura (GIR 2025), levando o foco para como esse dividendo pode ser efetivamente capturado.
Em sua participação, o secretário Eduardo Tavares destacou a contribuição concreta do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para o tema, com o lançamento do Plano de Aceleração “Reconstruir com Resiliência e Justiça”. “O Plano de Aceleração apresenta soluções sistêmicas e replicáveis, integrando redução de risco, adaptação, mitigação, reconstrução resiliente e Soluções Baseadas na Natureza, por meio de ações coordenadas”, afirmou.
A construção do Plano “Reconstruir com Resiliência e Justiça” foi resultado de um esforço conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR). Alinhado com o conceito de “dividendo da resiliência”, o planejamento concentra-se em:
- Protocolos ágeis de recuperação;
- Fortalecimento da governança federativa, da transparência e da prestação de contas;
- Implementação de infraestrutura verde, azul e sustentável, que reduza riscos futuros e restaure ecossistemas.
- Como parte desse esforço em enfrentar os impactos dos desastres sobre os mais vulneráveis, Tavares também destacou o lançamento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) 2025–2035, que definiu como um “marco histórico”.
“Ele estabelece os fundamentos estruturantes para a gestão de risco e a adaptação às mudanças climáticas em todas as esferas de governo. Em um cenário em que enchentes, secas e deslizamentos afetam milhões, este Plano nos permite, de fato, planejar, fortalecendo uma cultura preventiva e protegendo vidas”, ressaltou.
Dividendo da resiliência
Ao apresentar o conceito de “dividendo da resiliência”, o primeiro GIR reforçou a defesa global pela infraestrutura resiliente. Baseado em dados e evidências sólidas, o relatório mostrou caminhos para ampliar o financiamento, fortalecer a governança de infraestrutura e usar soluções baseadas na natureza, contribuindo para metas internacionais, como o Marco de Sendai, o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O Segundo Relatório Global de Resiliência de Infraestrutura (GIR 2025) aprofunda esses avanços ao incluir avaliações de risco mais detalhadas, pesquisas e análises que conectam os riscos de infraestrutura às dimensões financeira, institucional, tecnológica e ecológica da resiliência.
O lançamento contou com a participação do Diretor-Geral da CDRI, Amit Prothi; do Coordenador do GIR 2025, Ede Ijjasz-Vasquez; do Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para Redução de Risco de Desastres, Kamal Kishore; do Ministro de Meio Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas da Índia, Bhupender Yadav; e do Ministro da Água, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Jamaica, Matthew Samuda.
Fonte: Ascom/MIDR
