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Mercado da música deve atingir US$ 110 bi até 2032, impulsionado por alta de 6% da cena independente: conheça as ‘eu-quipes’
A MIDiA Research publicou, no segundo semestre de 2025, as estimativas oficiais do mercado global da música. Segundo o relatório “Global Music Forecasts”, essa indústria deve alcançar cerca de US$ 110 bilhões em receitas até 2032, mediante o avanço do streaming e da cena independente de artistas e gravadoras. Nesse cenário, a Mordor Intelligence recém-publicou uma escalada da cena artística independente, que deve valorizar em 6,4% a.a (ao ano), até 2030. Além de movimentar a indústria musical com novos formatos de distribuição e consumo, esses talentos tem se consolidado como força estratégica e potencial para o setor. No entanto, a sustentabilidade das carreiras autônomas está posta em xeque, já que a vocação precisa estar alinhada ao operacional.
Do arranjo à masterização, seguido do registro na Biblioteca Nacional
até a escolha das distribuidoras; as novas vozes precisam trilhar o
fenômeno das “eu-quipes” até o lançamento das faixas no Spotify e Youtube. É nesse sentido que a especialista em produção executiva e artística Thainá Pitta, têm destinado sua atuação no mercado, através do projeto ‘Independentes’. A baiana tem auxiliado autores a estruturarem suas carreiras de maneira profissional, norteando-os através da produção executiva, assessoria de imprensa, marketing,
stylist,fonoaudiólogo, direção cênica, direção artística, design
assessoria jurídica gestão de redes sociais e suporte em lançamentos
digitais,
de maneira personalizada. O objetivo é assegurar a etapa técnica,
segundo a necessidade e o orçamento, enquanto mantém os criadores
focados no processo criativo. “Percebi
que muitos artistas talentosos precisavam de uma estrutura que lhes
permitisse crescer de forma consistente, sem perder a liberdade
criativa. Justamente por estar inserida nesse cenário musical e
artístico, com atores, atrizes, cantores, compositores e performers; eu
observei algo muito específico no mercado, com relação aos artistas
autônomos na música: eles normalmente são seus próprios ‘social media’,
‘bookers’, ‘assessores’. Então eles tocam, editam, cantam, em um
processo exaustivo. Daí veio a inspiração do projeto ‘Artistas
Independentes’. A ideia é mostrar que é possível conciliar autonomia
artística com profissionalismo e resultados concretos no mercado”, explica. Figura reconhecida em festivais e premiações, Thainá já atuou no backstage de eventos como AFROPUNK, Coala Festival, Rio2C e The Town. Somando décadas de experiência no mercado, a profissional destaca a falta de investimentos do setor em prol da cena independente, que se mantém à margem do mainstream e festivais, apesar de todo o talento. O projeto, mesmo recém-lançado pela produtora executiva, oferece uma estrutura completa para desenvolvimento de carreira, produção de conteúdos e estratégias de lançamento. Desenvolvendo oportunidades reais para revelar as vozes emergentes, Thainá consolidou a cartela de clientes do Sudeste ao Nordeste do país, atuando em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo a RP, essas iniciativas são fundamentais para oportunizar talentos e evitar o “burnout criativo” na comunidade artística. Além do emocional, a dificuldade em lidar com orçamentos abusivos inspirou a especialista a criar o “Independentes”, projeto que oferece alternativas acessíveis e tecnicamente qualificadas para novas vozes em processo de profissionalização. Em um mercado impulsionado por creators, cantores, compositores e multiartistas independentes, o streaming se tornou um mapa do tesouro para o lançamento de artistas. Mesmo em uma indústria bilionária e em ascensão, Thainá reconhece que chegar ao topo exige mais do que visibilidade; pede estratégia, constância e um plano de carreira sustentável. “O
impacto nos artistas é evidente: com orientação profissional, eles
passam a construir carreiras mais estruturadas e sustentáveis, e não
apenas lançar ‘hits’, que podem cair no esquecimento meses depois.
Iniciativas como o projeto ‘Artistas Independentes’ nos mostram que é
possível conciliar autonomia criativa com profissionalização,
fortalecendo a cena independente e abrindo caminho para novos talentos
no mercado brasileiro. Assim a iniciativa também revela a real
necessidade dos profissionais de backstage; que fazem a indústria da
música continuar se renovando, em alta, ano após ano”, conclui. Por Glaucia Pinheiro
