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ESG além do discurso: novo livro propõe modelo radicalmente humano para empresas
Ana Bavon, advogada e especialista em Direitos Humanos, ESG e Governança Corporativa, lança seu mais recente livro, publicado pela Editora Jandaíra, “Por Organizações Radicalmente Humanas”. A obra apresenta uma análise aprofundada sobre o papel das empresas na construção de uma economia mais justa e sustentável, combinando reflexões estratégicas com dados e estudos de caso. O livro, que será lançado em maio, se propõe a ser uma referência essencial para lideranças empresariais, investidores e formuladores de políticas públicas.
O prefácio é assinado pela jornalista Vera Magalhães, que descreve a obra como um convite em boa hora e destaca o livro como um guia ético e prático para tempos em que valores como diversidade, ESG e direitos humanos enfrentam ameaças concretas. Para ela, Ana Bavon traduz de forma acessível e profunda conceitos essenciais à transformação das organizações, funcionando não apenas como um manual prático, mas também um código de ética para cada indivíduo e cada organização que compreendam que “o futuro é uma consequência inevitável do agora”.
Com uma carreira consolidada na interseção entre direitos humanos, diversidade e governança, Ana Bavon explora temas como a integração da justiça social no modelo de negócios, os desafios da transparência corporativa e o impacto das decisões empresariais na agenda global de sustentabilidade. A edição também examina as recentes tendências regulatórias e os movimentos de mercado que impulsionam a adoção de práticas mais éticas e inclusivas.
"Não há mais espaço para empresas que apenas reagem às crises ou enxergam ESG como um discurso. A sustentabilidade corporativa precisa ser um compromisso estruturado, inegociável e central na tomada de decisão”, afirma a autora. “Este livro é um chamado para que as lideranças abracem uma governança corajosa, baseada em integridade e impacto real".
O desenvolvimento da obra foi um processo intenso de pesquisa e reflexão. Ana Bavon começou com a intenção de criar um framework prático para abordar ESG e Direitos Humanos, mas, ao longo da escrita, percebeu que precisava romper com estruturas de pensamento que não dialogavam plenamente com a realidade brasileira. O incômodo foi essencial para refinar sua abordagem e trazer maior profundidade ao volume.
A obra foi influenciada por sua trajetória como advogada e consultora especializada em direitos humanos, ESG e impacto social. Durante anos, Ana acompanhou de perto as dificuldades das empresas em implementar práticas genuinamente centradas nas pessoas. A falta de um guia robusto e acessível impulsionou a criação da obra, reforçada pelo impacto da frase da escritora Toni Morrison: "Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo".
Os desafios da escrita incluíram a necessidade de traduzir conceitos complexos para um público diversificado sem perder profundidade. Além disso, foi preciso adaptar o conteúdo às rápidas mudanças sociais e econômicas sem comprometer a coerência narrativa. A gestação do seu filho, Benjamim, também impactou a construção do estudo, levando-a a refletir sobre a urgência de mudanças estruturais para um futuro mais justo.
A edição se destaca ao propor um modelo que reconhece desigualdades estruturais e busca corrigi-las de forma estratégica. Diferente de abordagens genéricas, a autora defende que o ESG deve ser tratado como uma estratégia essencial, e não como um checklist de conformidade. A obra apresenta casos concretos de empresas que investiram em diversidade, mas falharam na criação de ambientes verdadeiramente inclusivos, ressaltando a importância de integrar a equidade como um pilar estratégico.
Para a implementação das estratégias propostas, a autora sugere que as empresas revisem suas políticas internas e adotem processos de due diligence baseados em direitos humanos. O compromisso da liderança corporativa com mudanças estruturais é um fator essencial para que essas práticas sejam eficazes e duradouras.
O lançamento ocorre em um momento crucial para a governança corporativa, diante de crises climáticas, desigualdades estruturais e demandas crescentes por transparência. O livro busca estimular um debate crítico sobre ESG no Brasil, oferecendo ferramentas práticas para uma abordagem mais justa e humana.
Lançamento
O livro será lançado em eventos em duas capitais brasileiras: no dia 2 de maio, às 15h, na LDM do Paseo Itaigara, em Salvador, e no dia 9 de maio,
às 15h, na Livraria da Vila, na Fradique Coutinho, em São Paulo. As
ocasiões reunirão acadêmicos, jornalistas, advogados, executivos,
investidores e profissionais de ESG e direitos humanos, além de
representantes de empresas, ONGs, setor público e influenciadores da
área.
Serviço
Por Organizações Radicalmente Humanas
Autora: Ana Bavon
Editora: Jandaíra
ISBN: 978-65-5094-151-2 (livro físico - Cultura e Instituições)
Preço: R$ 65 (físico) / R$ 45 (digital)
Sobre Ana Bavon
Ana
Bavon é advogada CEO da B4People - consultoria de inteligência em
Direitos Humanos, especializada em estratégias de ESG, que atende
clientes como Bayer, Gol Smiles, TransUnion, Alpargatas, Visa, e outras
organizações mais. Professora titular do MBA em ESG da Faculdade Exame, e
professora convidada em instituições como FIA USP. Conselheira
Independente e Conselheira Consultiva do Movimento Elas Lideram do Pacto
Global da ONU. Membra do Comitê de Auditoria do Pacto Global da ONU.
Ana ssina uma coluna mensal na revista FastCompany e foi colunista
convidada da Revista Forbes, Consumidor Moderno e Jornal Estadão.
TedxSpeaker por 4 vezes, incluindo o TedxSão Paulo maior da America
Latina. Em 2023 Ana Bavon foi speaker e parte da delegação brasileira no
12º Fórum Mundial de Empresas e Direitos Humanos promovido pelo alto
comissariado da ONU no Palácio das Nações em Genebra na Suíça.
Sobre a B4People
Fundada em 2018 por Ana Bavon, a B4People é uma consultoria de inteligência em Direitos Humanos,
especializada em estratégias de ESG, que atua em 3 diferentes frentes:
pessoas, negócios e risco, apoiando organizações dos mais variados
segmentos. Atuamos na revisão, desenvolvimento e implementação de
processos, procedimentos e ações a fim garantir conformidade com novos
paradigmas mercadológicos, organizacionais e sociais, conectados com
diretrizes globais de Direitos Humanos e objetivos de desenvolvimento
sustentável da ONU.
Por Ghabriella Costermani