
Evento foi acompanhado pelo superintendente Francisco Alexandre e direção da unidade de Fundos, Incentivos e Atração de Investimentos da Sudene. Foto: Fernando Cavalcante (Banco do Nordeste)
Projeção do FNE para 2026 é de R$ 52,6 bilhões
Foi
iniciada hoje (3) a elaboração da programação do Fundo Constitucional
de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2026, durante evento realizado
na capital cearense, com a participação do superintendente da Sudene,
Francisco Alexandre. No encontro, foi detalhada a disponibilidade
financeira do FNE para o próximo ano e os critérios de distribuição de
recursos, que são estabelecidos pela Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste e pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento
Regional (MIDR). A estimativa para o próximo ano é de repasses de R$
52,6 milhões, 11,1% superior ao orçamento inicial de 2025.
Francisco
Alexandre destacou a importância dos projetos financiados pelo FNE para
o crescimento econômico da Região e a expansão constante na aplicação
dos recursos. O gestor enfatizou que os resultados macroeconômicos das
políticas adotadas no Governo Lula resultaram em “dados do PIB do
Nordeste maiores que em outras regiões”. Segundo o superintendente, é
fundamental que “a região cresça um pouco mais de vez em quando, para
que um dia a gente possa ser mais parecido do ponto de vista da
economia, da renda e da condição de desenvolvimento sustentável”.
O superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Nordeste, Irenaldo Rubens Soares, fez uma apresentação da programação do FNE para 2026 e divulgou o cronograma de elaboração do plano de aplicação dos recursos do Fundo. Dos R$ 52,6 bilhões inicialmente previstos para o próximo ano, R$ 32,6 bilhões serão direcionados para os portes prioritários (mini, micro, pequeno e pequeno-médio), um “recorde de direcionamento em valores absolutos”, segundo Irenaldo.
Serão
priorizados também investimentos em projetos que tenham sinergia com a
Nova Indústria Brasil (NIB). Durante o encontro, Uallace Moreira,
secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços (MDIC), falou sobre as ações do Governo em relação à NIB, “que
está articulada com o novo PAC e o Plano de Transição Ecológica”.
Uallace informou que os investimentos privados anunciados para a Nova
Indústria Brasil são da ordem de R$ 2,84 trilhões, destinados a setores
como construção, TICs, energias renováveis, agroindústria, entre outros.
Foram
destacados, ainda, os programas do FNE que apresentam sinergia com as
missões da Nova Indústria Brasil, incluindo FNE Verde, FNE Inovação, FNE
Saúde e Pronaf, além dos investimentos voltados para projetos de
infraestrutura de água e esgoto e logística associados aos Programas FNE
Verde Infraestrutura e Proinfra. Entre 2023 e julho deste ano, o FNE
repassou R$ 32,4 bilhões para esses programas.
De
acordo com Irenaldo Rubens Soares, a projeção para o semiárido em 2026 é
de R$ 26,8 bilhões, que irão atender 2.074 municípios da área de
atuação da Sudene. Ao levar em consideração as tipologias prioritárias
da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), a estimativa é
de R$ 36,8 milhões, com o mínimo de “70% das disponibilidades para baixa
e média renda em qualquer dinamismo”. O Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste é o principal instrumento financeiro da PNDR,
além de ser um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do
Nordeste (PRDNE).
Entre
os dias 18 e 25 deste mês, serão realizadas reuniões setoriais nos
estados de abrangência da Sudene, para apresentação dos valores
programados para o Plano Estadual de Aplicação de Recursos do FNE 2026.
Os percentuais mínimo e máximo para aplicação por unidade federativa vão
de 5% a 30%, com exceção do Espírito Santo, cuja participação mínima
deverá ser 1,5%. O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara,
destacou que “o FNE cumpre duas missões fundamentais: ser fonte
permanente de financiamento para investimentos produtivos e atuar como
contrapartida estratégica para alavancar novos recursos em prol do
desenvolvimento da região”. Ele afirmou, ainda, que a expectativa é de
crescimento nos repasses do Fundo. “Em 2024, o FNE financiou R$ 44,8
bilhões em investimentos. Considerando os R$ 29,8 bilhões contratados
apenas no primeiro semestre de 2025, teremos mais números recordes esse
ano”.
A
reunião contou, ainda, com a participação do diretor de Planejamento do
BNB, José Aldemir Freire; secretário Nacional de Fundos e Instrumentos
Financeiros do MIDR, Eduardo Corrêa Tavares; secretário do Planejamento
do Estado do Piauí, Washington Bonfim, representando o governador Rafael
Fonteles e o Consórcio Nordeste; secretário do Planejamento e Gestão do
Estado do Ceará, Alexandre Cialdini, representando o governador Elmano
de Freitas; e secretário do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da
Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte, Alan Jefferson da Silveira
Pinto, representando a governadora Fátima Bezerra. Pela Sudene,
participaram o diretor Heitor Freire e o coordenador Wandemberg Almeida.
Fonte: BNB