
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, reforçou a importância do encontro para o Nordeste. Foto: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene)
Conselho da Sudene definirá aplicação de R$ 50 bilhões em crédito para o Nordeste em 2026
Os membros do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vão se reunir no próximo dia 7 de agosto para deliberar sobre as diretrizes e prioridades de aplicação de cerca de R$ 50 bilhões em recursos dos fundos FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste). A pauta da reunião foi consolidada nesta terça-feira (29), durante encontro técnico com representantes dos governos estaduais, ministérios e entidades do setor produtivo e dos trabalhadores.
A
definição das diretrizes para o FNE 2026 considera parâmetros do Plano
Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), avaliações de
desempenho do fundo, recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) e
contribuições recebidas em consulta realizada junto aos estados e a
entidades representativas. A proposta orçamentária para o fundo no
próximo exercício está estimada em R$ 48 bilhões.
Entre
as diretrizes gerais estão o incentivo a atividades econômicas de micro
e pequenos empreendedores, a ampliação do microcrédito orientado, a
definição de faixas de aplicação conforme porte dos beneficiários e
localização geográfica. Também terão priorização os projetos vinculados
ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e ao próprio
PRDNE. Diretrizes específicas por setor também serão avaliadas.
Segundo
a Coordenação-Geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene,
a metodologia adotada para o FNE resultou, nos últimos ciclos, em um
aumento de 11% na disponibilidade de crédito para micro e pequenas
empresas e produtores rurais, além de um crescimento de 18,5% nos
recursos destinados à agricultura familiar, por meio do Pronaf.
Outro
tema que será analisado pelos conselheiros é a inclusão das ações de
recaatingamento como atividade prioritária no âmbito do FNE Verde. A
proposta visa ampliar o protagonismo de uma agenda de recuperação
ambiental economicamente viável para a região, com ações voltadas ao
reflorestamento com espécies nativas, implantação de sistemas
agroecológicos e manejo sustentável da água.
Também
será discutida a proposta de aplicação dos recursos do FDNE, cuja
previsão orçamentária para 2026 é de R$ 2 bilhões. O fundo é uma das
principais fontes de financiamento de grandes empreendimentos
estruturantes na região, como a Ferrovia Transnordestina. Neste ciclo,
os recursos também devem priorizar projetos nas áreas de serviços
avançados de saúde, turismo, implantação de datacenters, além de
iniciativas de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões voltadas
ao saneamento básico.
Fonte: Sudene