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Foto: Divulgação
Acréscimo de imunoterapia e terapia-alvo ao tratamento de câncer de ovário aumenta a sobrevida livre da progressão da doença
O câncer de ovário é o terceiro tipo de tumor ginecológico mais comum nas mulheres. Mais de 90% dos casos ocorrem no epitélio, tecido que recobre os ovários. Um estudo apresentado neste sábado (22) pelo professor Ignace Vergote, da Universidade de Leuven, na Suíça, mostrou que tratamento com o imunoterápico pembrolizumabe combinado com a quimioterapia, seguido da manutenção com pembrolizumabe e a terapia-alvo olaparibe aumentaram a progressão livre da doença em mulheres com câncer de ovário avançado em comparação com a quimioterapia isolada. O aumento foi de aproximadamente oito meses.
“A imunoterapia ainda não é uma realidade no câncer de ovário. Vários estudos foram negativos com a adição da imunoterapia. Porém, juntamente com o estudo DUO-O, esse estudo demonstrou que a imunoterapia associada a olaparibe pode ser benéfica em determinada população com câncer de ovário sem mutação do gene BRCA”, afirma o oncologista Eduardo Paulino, da Oncologia D’Or.
O estudo
A pesquisa envolveu 1.367 pacientes com câncer de ovário em estágios 3 e 4, que não apresentavam mutação do gene BRCA 1 e 2. Elas foram divididas em três grupos. Formado por 454 mulheres, o grupo controle recebeu placebo associado à quimioterapia, seguido de placebo. No segundo grupo, foram administrados quimioterapia e imunoterapia para 458 pacientes, seguido de imunoterapia e placebo. As 455 participantes do terceiro grupo receberam quimioterapia e imunoterapia, seguido de imunoterapia combinada à terapia-alvo. Os medicamentos foram dados após um ciclo inicial de quimioterapia
Após acompanhar as participantes por 25,9 meses, os pesquisadores observaram que a progressão livre da doença no terceiro grupo foi maior no que no grupo controle. O benefício foi observado neste grupo até a análise final, feita após um acompanhamento de 39,8 meses. As taxas de eventos adversos relacionados ao tratamento para câncer avançado foram de 65,7% no primeiro grupo, 55,9% no segundo e 51,1% no grupo controle.
Sobre a Oncologia D’Or
Criada em 2011, a Oncologia D'Or é o projeto de oncologia da Rede D'Or formado por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional, e que atualmente está presente em onze estados brasileiros e no Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D'Or tem por objetivo proporcionar não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhedor. A área de atuação da Oncologia D'Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos mais de 77 hospitais da Rede D'Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D'Or em mais de 20 hospitais da Rede abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico e mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.
Por Nora Ferreira