Depois de concluir a passagem Nordeste, rota que liga o Atlântico ao Pacífico através do Ártico Siberiano, e conquistar mais um feito inédito sendo o primeiro veleiro das Américas e de bandeira brasileira a realizar a travessia, Aleixo Belov desembarca na Polinésia Francesa com a tripulação do Fraternidade. As ilhas paradisíacas do pacífico estão sempre no roteiro de viagem do capitão que costuma fazer uma parada estratégica por lá para absorver um pouco mais da cultura e dos costumes locais. 

A conexão é tamanha, que diversos objetos em exposição no Museu do Mar Aleixo Belov, em Salvador (BA), são oriundos das viagens anteriores à Polinésia Francesa. E mais itens para o acervo já foram adquiridos nessa sexta volta ao mundo do capitão Aleixo e sua tripulação. Nas Ilhas Marquesas, o roteiro definido foi Nuku Hiva, Hiva Oa e Fatu Iva, além de Mangareva, nas Ilhas Gambier. A tripulação conheceu hábitos e ritos locais, integrando alguns deles à rotina do barco, como por exemplo, a culinária, e já se encontra em alto mar para mais uma etapa da viagem. 

Aleixo partiu dia 12 de abril de Salvador e a previsão de retorno ao Brasil é para março de 2026. Confira alguns registros dessa aventura nas lentes do fotógrafo que acompanha a expedição, Ádamo Mello.

Quem é Aleixo Belov

Aleixo Belov nasceu em 1953, na Ucrânia, em meio a Segunda Guerra Mundial. Por conta dos conflitos na região, sua família veio para o Brasil se estabelecendo em Salvador. Se apaixonou pelo mar aos 18 anos quando ganhou óculos de mergulho de um amigo que estava de mudança. Foi professor de matemática, formou-se em engenharia civil, trabalhou na construção de plataformas offshore, criou o Grupo Belov, construiu dois barcos (Três Marias e Fraternidade) para suas viagens, deu três voltas ao mundo em solitário e outras tantas acompanhado de estudantes e especialistas, escreveu 13 livros, casou duas vezes, tem cinco filhos, netos e uma história incrível de amor pelo mar.

Veleiro-escola Fraternidade

Desde de o início de sua construção em 2004 e a primeira volta ao mundo em 2010, o veleiro-escola Fraternidade já realizou duas voltas ao mundo (2010 e 2016), uma viagem à Antártica (2013), a travessia da Passagem Noroeste (2022) e agora a Passagem Nordeste. O barco foi idealizado para ser uma ferramenta que Aleixo Belov dispõe para passar seus conhecimentos sobre educação marítima, navegação e preservação do meio ambiente à tripulação que o acompanha.

Fonte: Ascom/Aleixo Belov