A produção agrícola da Bahia deve registrar crescimento em 15 das 26 safras acompanhadas no estado em 2026, na comparação com 2025. A projeção indica que as primeiras safras de milho, feijão e o cacau apresentarão os maiores aumentos em valores absolutos. O milho deve crescer 156 mil toneladas (+8,1%), o feijão 116,9 mil toneladas (+35,3%) e o cacau 6.297 toneladas (+5,3%).

Ainda de acordo com o levantamento, a Bahia deve manter em 2026 a posição de segundo maior produtor de algodão do país, respondendo por 17% da produção nacional, atrás apenas do Mato Grosso. Os dados fazem parte do segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE em dezembro.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Pablo Barrozo, os números reforçam o protagonismo do estado no cenário nacional. “A previsão do IBGE, com aumento da produção em 15 das 26 safras, reflete o trabalho contínuo de fortalecimento da agricultura baiana. Esses resultados são fruto de investimentos, inovação e apoio aos produtores rurais, consolidando a Bahia como um dos principais polos agrícolas do Brasil”, afirmou.

Segundo o IBGE, a estimativa de novembro para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025 manteve o recorde histórico, com produção estimada em 12,8 milhões de toneladas, volume 12,8% superior ao registrado no mesmo período de 2024. O grupo inclui culturas como arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Na comparação mensal, a produção de grãos cresceu 0,1% em relação a outubro e 18,2% na comparação com novembro de 2024, alcançando o recorde nacional de 345,9 milhões de toneladas. Com esse desempenho, a Bahia deve manter em 2025 a 7ª posição entre os maiores produtores de grãos do país, respondendo por 3,7% da produção nacional.

Para 2025, o levantamento de novembro também confirmou que 18 das 26 safras investigadas no estado devem apresentar crescimento em relação a 2024. O maior avanço absoluto segue sendo o da soja, com acréscimo de 1,07 milhão de toneladas (+14,3%), seguida pela cana-de-açúcar, com aumento de 699 mil toneladas (+12,6%), e pelo milho da primeira safra, que deve crescer 380,9 mil toneladas (+24,6%).