No II Festival Movaê – Empreendedorismo Negro, Inovação e Economia Criativa a tecnologia também ganhou destaque como ferramenta de transformação social e fortalecimento de identidades. Com diversos stands instalados no Largo Tereza Batista de 21 a 23 de novembro, a programação ofereceu ao público uma verdadeira imersão em tecnologia, educação e resistência cultural.
 

A presença da tecnologia no Movaê contou com a parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), que levou ao festival uma série de experiências. No estande, o público pôde experimentar os óculos de realidade virtual, utilizado como ferramenta para aproximar jovens da pesquisa e da inovação. Segundo a assessora técnica da Secti, Myedja Cunha, a iniciativa tem como objetivo incentivar, sobretudo, estudantes negros a se reconhecerem como protagonistas no campo científico.
 

“A realidade virtual é um pretexto para despertar o interesse dos meninos pelos projetos. Muitos jovens estão tendo contato com esse tipo de tecnologia pela primeira vez, e queremos quebrar o tabu de que eles não poderiam ou não participavam de projetos científicos”, explicou.
 

O jovem Murilo Silva experimentou pela primeira vez o óculos de realidade virtual e destacou a importância da iniciativa. Ele contou que ficou impressionado com a imersão proporcionada pela ferramenta.  “Aparecem os peixes, é tudo muito real. Achei muito legal essa iniciativa de trazer o óculos para que a gente pudesse experimentar”, comentou.

Murilo também destacou a relevância de um evento como o Movaê acontecer em um dos espaços mais movimentados e turísticos do Pelourinho.
 

“É muito importante ter um evento assim, cheio de iniciativas negras e empreendedorismo. Ainda mais em uma cidade com tantos turistas e tanta visibilidade. Isso fortalece a gente e mostra o quanto fazemos parte desse território”, afirmou.
 

O diretor executivo da Agência A42 , Ricardo Silva, também estava com um stand apresentando parte do trabalho desenvolvido pela empresa, especializada em criar experiências de entretenimento baseadas em jogos, tecnologia e cultura pop. Ele destacou que a equipe é responsável pela organização do Gamepólitan, considerada a maior feira de jogos, tecnologia e inovação do Norte e Nordeste.
 

“Aqui, o público tem a oportunidade de experimentar produções que mostram que é possível trabalhar com games dentro da nossa cidade e do nosso estado, valorizando nossa cultura e nossa identidade”, explicou Ricardo.

Para ele, o mais importante é que o público se reconheça nas narrativas e personagens criados por estúdios locais. “Podemos trabalhar com games e com a nossa cultura lado a lado. Isso é fundamental para que as pessoas se identifiquem com o que está sendo produzido.” destacou o diretor.
 

A presença desse eixo tecnológico  no festival reforça o papel da tecnologia como aliada na construção de narrativas, na valorização de talentos locais e na economia criativa negra.

Fonte: Ascom/Sepromi