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Começam no dia 17 de março, as inscrições para o SEJA, curso gratuito e online que prepara estudantes de todo o país para o Encceja
Seja quem você quiser ser, por meio da educação. Todas as pessoas que interromperam os estudos e desejam concluir a educação básica, podem se inscrever, a partir da próxima segunda-feira, 17 de março, no SEJA – curso preparatório online e gratuito da Fundação Roberto Marinho para quem quer fazer o Exame para Certificação de Jovens e Adultos (Encceja), oferecido pelo INEP, que acontece no dia 3 de agosto. Em 2024, nove entre dez estudantes que participaram do curso e responderam ao questionário de avaliação do SEJA conseguiram aprovação em pelo menos uma área de conhecimento ou atingiram a pontuação necessária para a obtenção do diploma.
Inciativa realizada pela Fundação Roberto Marinho em parceria com o Instituto Equatorial, o SEJA é organizado em salas online para os candidatos com conteúdo e aulas criados pelo time de professores da Escola da Fundação Roberto Marinho, com intuito de preparar estudantes que estão fora da escola para o Encceja, ajudando-os a conquistarem o diploma do ensino fundamental ou do ensino médio. As aulas com todas as disciplinas exigidas pelo currículo da educação básica terão início em 31 de março e as inscrições podem ser feitas no site frm.org.br/seja, a partir das 12h.
O SEJA também oferece professores para tirarem as dúvidas dos estudantes, mas é importante destacar que o ideal é que as aulas sejam acompanhadas desde o primeiro dia, para evitar o acúmulo de matérias disponibilizadas em cada disciplina. Os estudantes podem acessar as aulas até mesmo pelo celular, o que garante a possibilidade de acompanhar tudo onde e quando quiserem.
E para quem participou do SEJA, o discurso é unanime, de que vale muito a pena. Jamile Freitas tem 38 anos e mora em Pojuca, na Bahia. Solteira e mãe de Ana Laura e Beatriz, ela resolveu voltar a estudar depois de décadas e narra a experiência com muito entusiasmo e felicidade: “Sou muito grata aos professores, pois tive todo o apoio que precisava. ‘Até deixei uma mensagem de agradecimento na plataforma do SEJA, porque me formar no ensino médio, me deu uma sensação incrível, foi tudo perfeito’ E Jamile avisa: “Tenho muita vontade de cursar uma faculdade de Biomedicina, e eu vou correr atrás”.
Jamile fazia parte de uma estatística impactante: 68 milhões de pessoas, ou 41% da população brasileira com 15 anos ou mais, estão fora da escola e não concluíram a educação básica. Entre os jovens de 15 a 29 anos, 19%, ou 9,2 milhões, não frequentam a escola nem terminaram a educação básica (Pnad Contínua, 2023). ?
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E entre aqueles que estão fora da escola, sem concluir a educação básica, 63% são negros, 51% são homens e 86% têm 30 anos ou mais. Cerca de 70% não concluíram o ensino fundamental, e mais de 90% vivem com renda domiciliar per capita de até 2 salários-mínimos. (Pnad Contínua, 2023). ?
?Estamos falando de um público que enfrenta muitas dificuldades em conciliar as rotinas do trabalho, estudo e afazeres/cuidados domésticos. Levando-se em conta esse cenário tão desafiador, uma iniciativa como o SEJA se torna essencial ao oferecer uma oportunidade única e de fácil acesso para quem teve que interromper seus estudos.
Afinal, o SEJA disponibiliza um preparatório digital, flexível e adaptado para uma jornada de estudo autônoma. Os materiais são elaborados a partir da matriz curricular do Encceja e do Telecurso, Tecnologia Educacional que existe há mais de 30 anos e já proporcionou a 1,7 milhão de jovens e adultos, de todo o país, a conclusão da educação básica.
Podem fazer a prova jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior, inclusive as pessoas privadas de liberdade, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada. Para certificação do ensino fundamental, é preciso ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame. A certificação do ensino médio exige a idade mínima de 18 anos completos no dia de aplicação da prova.
Para a coordenadora do Instituto Equatorial Janaína Ali, “A educação é um direito fundamental e um poderoso instrumento de transformação social. O SEJA representa uma oportunidade valiosa para jovens e adultos retomarem seus estudos e ampliarem suas perspectivas profissionais. Sabemos que muitos enfrentam desafios para conciliar trabalho, família e aprendizado, e é por isso que iniciativas flexíveis como essa fazem toda a diferença. O Instituto Equatorial se orgulha de apoiar esse projeto, pois acreditamos que investir na educação é investir em um futuro com mais oportunidades e menos desigualdade.”
Renan Carlos, diretor da Escola da Fundação Roberto Marinho, destaca também a importância dessa iniciativa: “A proposta do curso preparatório on-line SEJA é dar suporte pedagógico e preparatório para quem quer concluir a educação básica. A flexibilidade de poder acessar as aulas a qualquer momento, de acordo com o horário de cada um, faz toda a diferença. Além disso, a variedade de recursos disponíveis, como videoaulas, materiais de estudo e simulados, se confirma essencial para uma preparação abrangente”, ressalta Renan Carlos,
É uma ótima oportunidade para não só aprofundar os conhecimentos nas disciplinas, mas também ter acesso a um conteúdo diversificado e de qualidade, além das atividades que certamente vão ajudar os candidatos na preparação para o exame. O projeto conta com um time de professores que está sempre atento às últimas atualizações no conteúdo do exame, tranquilizando os estudantes e os deixando mais preparados para os desafios que encontrarão.
“A interatividade proporcionada pelo curso, por meio de fóruns de discussão e sessões de dúvidas ao vivo, também é fundamental. É possível esclarecer dúvidas com os professores e trocar experiências entre os próprios estudantes, criando um ambiente de aprendizado colaborativo que os impulsiona ainda mais. Ao oferecer essa oportunidade, a Fundação Roberto Marinho e o Instituto Equatorial investem nos jovens e adultos que ficaram excluídos no seu desenvolvimento educacional e contribuem para a redução da desigualdade social no país”, complementa Renan.
A responsabilidade pela inscrição no Encceja é do estudante, e é possível acompanhar a publicação do edital 2025 no site do?INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: Link.
Serviço | Calendário do SEJA:
17 de março:?abertura das inscrições do?curso SEJA;
31 de março:?início das aulas do SEJA;
21 de abril a 2 de maio: Inscrições para o Ennceja
3 de agosto: Data do exame Ennceja
Sobre o Instituto Equatorial
O Instituto Equatorial é legado do grupo que tem como missão contribuir para redução das desigualdades sociais nos territórios onde atuamos, adaptando soluções às realidades locais e fortalecendo parcerias entre comunidades e os diferentes setores.
Nós atuamos com parcerias estratégicas aliadas à sustentabilidade, conectando setores para ampliar o impacto positivo nas comunidades, promovendo integração entre desenvolvimento social e econômico, considerando a equidade e a inclusão como pilares fundamentais para o bem-estar coletivo.?
Sobre a Fundação Roberto Marinho??
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A Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás.?Promove, em todas as suas iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e, sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem.?A Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na educação. Incentivar a pesquisa científica e a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho também estão entre as suas prioridades, assim como a valorização da diversidade, da equidade e da educação antirracista. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país, uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais.?Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho.
Por Carmen Lucia