
Waldez defende exploração da Margem Equatorial em evento na ALAP (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Margem Equatorial pode transformar Amapá em polo energético
Considerada uma prioridade estratégica para o Brasil e representando uma oportunidade significativa para impulsionar a produção de petróleo e gás, a exploração da Margem Equatorial foi tema de seminário na Assembleia Legislativa do Amapá nesta sexta-feira, 14 de março. A regia?o estende-se do Amapa? ao Rio Grande do Norte e pode se tornar um novo polo energe?tico nacional, além de desempenhar um papel central no desenvolvimento econo?mico dos estados envolvidos.
“Se nós não começarmos o processo de exploração da Margem Equatorial o quanto antes, o processo de desenvolvimento econômico do Brasil será comprometido, desde a indústria, o agronegócio e as atividades mais diversas que dependem de energia”, destacou o Ministro Waldez Góes.
Considerada o "novo pre?-sal" do Brasil, a Margem Equatorial tem capacidade estimada de produção de até 1,1 milhão de barris de petróleo por dia. Diante disso, a Age?ncia Nacional do Petro?leo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incluiu a explorac?a?o da Margem Equatorial como prioridade para 2025. “A Petrobras chega na Margem Equatorial com muita informação científica, conhecimento, responsabilidade e o histórico de ser uma das empresas mais respeitadas no Brasil e no mundo nesta atividade. Seja a questão de inovação, ambiental ou tecnológica”, destacou Goes.
O Amapá é um dos estados que mais se beneficiará com a exploração. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta um aumento de 61,2% no PIB estadual e a geração de 54 mil empregos. Além disso, a exploração de petróleo trará royalties e investimentos em infraestrutura, educação e saúde. As cidades amapaenses de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana serão diretamente beneficiadas com o crescimento do comércio e a melhoria da infraestrutura.
Segundo o ministro, o processo se dividirá em etapas. “Vamos ter a etapa da pesquisa e encerramento da prospecção e depois inicia-se o processo de exploração, onde muitas oportunidades serão geradas. A partir de pesquisas saberemos onde investir os recursos arrecadados a partir dessa exploração”, explicou Waldez Góes.
Único estado negativo em emissões de carbono
A capacidade do estado e da Petrobras de realizar as operações de exploração de forma responsável e segura foi reiterada pelo ministro. Ele lembrou, ainda, que o presidente Lula já se declarou favorável à iniciativa, "respeitando todas as obrigações ambientais e legais, como tem feito em todos os projetos anunciados". "O Amapá está altamente habilitado a liderar o processo de exploração de petróleo porque é o único estado do Brasil que é negativo em emissões de carbono, ou seja, emite menos gás na atmosfera do que captura", detalhou o Goés.
O presidente da Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado do Amapá (FEPAP), Leidinaldo Luiz Gama de Paula, se posicionou favorável à exploração. “A pesca caminha junto com o desenvolvimento, e sabemos que essa exploração de petróleo na Margem Equatorial será o divisor de águas do desenvolvimento do nosso estado”, compartilhou.
O feirante Nilson Nogueira, que trabalha com a venda de Açaí, fruto típico da região Amazônica, também defendeu que a iniciativa será importante para o crescimento econômico da região. “Isso é uma oportunidade para o nosso estado. A população daqui espera muito pelo momento em que o nosso Amapá irá se desenvolver e se tornar competitivo em relação aos outros estados”, comenta o comerciante. “Se feito com responsabilidade, dará condição de vida melhor para a população sem causar danos à natureza”, acrescentou Nilson.
O vendedor de peixe, Abmael de Souza, também confia que a ação beneficiará a região. “Será uma oportunidade para os nossos jovens de estudar e trabalhar na área, pois a atividade irá demandar mão de obra", argumentou o empresário. “A gente precisa desse investimento, é uma esperança para o Amapá”, continuou Abmael.
Fonte: Ascom MIDR