
Foto: Divulgação/Arquivo O Candeeiro
Fimose: sintomas, causas e tratamento
A fimose é um problema comum entre os
homens, principalmente na infância, mas que ainda desperta muitas dúvidas nas
pessoas. O problema é caracterizado pela dificuldade ou impossibilidade
de expor a glande do pênis, por conta do estreitamento do prepúcio. Com isso, o
homem pode ter dificuldades durante a relação sexual, com desconforto e dores,
além do maior risco de doenças.
De acordo com o urologista e cirurgião Dr. Jailton Campos, a
recomendação em casos de fimose é procurar um urologista, que indicará a melhor
forma de tratar o problema, o que vai diminuir a dor e facilitar a higiene
íntima.
“Nas crianças em que a fimose persiste após os três anos de idade, uma intervenção
se faz necessária, para evitar infecções, câncer de pênis e ISTs no futuro. As
opções terapêuticas na abordagem da fimose patológica congênita são o
tratamento clínico com corticosteróides tópicos (pomadas) ou cirurgia
(postectomia, mais conhecida como circuncisão)”, resume Campos.
A fimose é a incapacidade de retrair o prepúcio que dificulta ou impossibilita
a exposição da glande (cabeça do pênis). Geralmente, quase todos os
recém-nascidos apresentam a fimose primária ou fisiológica que se resolve
espontaneamente em mais de 90% dos meninos nos primeiros três anos de vida.
“ A fimose pode ainda ser consequência de inflamações, infecções como a
balanite, deformidades causadas por traumas e/ou doenças dos órgãos genitais. A
condição, geralmente, é indolor, mas pode dificultar a higiene e provocar
alguns sintomas como vermelhidão e inchaço. Um prepúcio muito apertado também
pode provocar incômodos durante a micção. Outros sintomas são secreções com mal
cheiro no pênis, sangramento, dor durante a ereção e infecções de repetição”,
acrescenta o urologista.
Nos casos em que a fimose não é resolvida com tratamentos na infância, é
recomendada a cirurgia, que pode ser feita tanto para remover completamente a
camada de pele que recobre a glande quanto ser realizado um ou mais cortes no
prepúcio, suficientes para permitir que a pele deixe de impedir a exposição da
glande.
“O procedimento dura cerca de uma hora, com aplicação de anestesia que pode ser
local ou regional e é extremamente seguro e eficaz. O paciente pode voltar à
rotina alguns dias depois do procedimento” acrescenta Dr. Jailton Campos.
Por Reinaldo Oliveira