Os resultados econômicos confirmam esse cenário. A Bahia liderou as exportações agrícolas do Nordeste no primeiro trimestre de 2025, com US$ 1,5 bilhão e crescimento de 9,15%, impulsionado por produtos como cacau, café, fibras têxteis e celulose. O estado também se consolidou como o maior produtor de café da região Nordeste e o quarto do Brasil, com previsão de 4,4 milhões de sacas em 2025.

“O cenário atual mostra uma Bahia que planeja, executa e entrega resultados concretos. Avançamos em projetos estruturantes que fortalecem a produção, geram renda, ampliam mercados e chegam diretamente à vida das pessoas, seja no campo ou na cidade. Investimos em sanidade animal, sustentabilidade, inovação, infraestrutura e pesquisa, sempre com diálogo permanente com produtores, municípios e instituições parceiras. Nosso compromisso é seguir trabalhando para que esse crescimento continue beneficiando todas as cadeias produtivas da agropecuária e gere oportunidades em todas as regiões do estado”, afirmou o secretário da Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo.

Destaques
Entre os destaques do ano está o início do projeto piloto de identificação individual e rastreabilidade de bovinos, na Bacia do Rio Grande. A iniciativa, firmada por meio de Acordo de Cooperação Técnica entre a Seagri, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e entidades representativas do setor produtivo, segue as diretrizes do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Bubalinos (PNIB). O projeto prepara a Bahia para um sistema moderno de rastreabilidade animal, ampliando a competitividade da pecuária, reforçando a segurança sanitária e abrindo portas para novos mercados nacionais e internacionais.

Na área de saúde pública e proteção dos rebanhos, a Seagri lançou o Programa de Controle Populacional Ético de Cães no Semiárido, com investimento de R$ 5 milhões. Até março de 2026, estão previstas 10 mil castrações em 36 municípios das regiões da Bacia do Jacuípe e do Sisal, por meio de mutirões, castramóveis, clínicas conveniadas, microchipagem e campanhas educativas.

O apoio direto aos municípios avançou com a entrega de mais de 220 equipamentos agrícolas, beneficiando produtores em todas as regiões do estado e fortalecendo cadeias produtivas estratégicas e a bovinocultura de leite. Outro marco histórico foi o reconhecimento internacional da Bahia como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, resultado de um trabalho técnico contínuo que eleva o patamar sanitário estadual e amplia as oportunidades comerciais.

Sustentabilidade e inovação
A sustentabilidade ganhou protagonismo com um investimento inédito de R$ 10 milhões no Plano ABC+, por meio do Prodeagro, voltado ao estímulo de práticas agrícolas de baixa emissão de carbono e ao desenvolvimento de projetos sustentáveis no campo. Ainda na vertente ambiental, a Seagri firmou parceria com a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) para a implantação de um programa de arborização urbana que beneficiará dez cidades, a partir de 2026, começando por Barreiras, com o plantio de mil mudas de espécies nativas da Caatinga e do Cerrado.

A adesão da Bahia à plataforma Mapa Conecta, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi um passo importante para a inserção do estado na principal rede nacional de inovação agropecuária. A iniciativa já conta com um Comitê Gestor formado por mais de 50 instituições e resultará na elaboração do Plano Estadual de Inovação Agropecuária.

O Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia (Cetab) recebeu R$ 10 milhões para modernização de laboratórios, ampliação da estrutura e do quadro técnico. A instituição liderou 28 projetos de pesquisa e obteve reconhecimento nacional com um estudo premiado sobre o mel de cacau.

“Em um ano simbólico, marcado pela celebração dos 130 anos da Seagri, a mais antiga secretaria da Bahia, os resultados demonstram que as políticas públicas lideradas pelo Governo do Estado estão alinhadas às demandas do presente e do futuro”, completou o secretário.

Diálogo institucional e setorial
A revitalização das Câmaras Setoriais da Agropecuária também foi um ponto importante para a retomada do diálogo com produtores, gestores municipais e a sociedade civil. Durante a Fenagro, foi firmado termo de cooperação com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no valor de R$ 10 milhões, para a reativação de até 23 câmaras, abrangendo cadeias como cacau, pecuária, leite, citricultura, grãos, fruticultura e sisal. O ano também marcou a reabertura da Câmara Setorial da Citricultura e a entrega da primeira Unidade Experimental Demonstrativa do Citrus, em Entre Rios, com previsão de implantação de dez unidades na região.