Foto: Diego Silva
Aos dez anos e autor de quatro livros, Maurício Akin ensina que literatura nunca nos deixará sozinhos
Filho da escritora Ana Fátima, sua maior inspiração para se debruçar e se apaixonar pela literatura, Maurício Akin tem apenas 10 anos e quatro livros já lançados — “O cachorro do Terreiro”, “O peixinho amigo do rei”, “Os animais de estimação” e “A turma da borboleta heróina”. Ainda tão jovem, Maurício Akin ensina em suas quatro obras que a literatura nunca nos deixa sozinhos, é um caminho imprescindível para estimular e fortalecer a cultura e que as sementes plantadas na infância reverberam na vida adulta.
Na mesa “Infância, a semente da histórias”, em que também participaram o apresentador Vanderson Nascimento, a mãe de Maurício Akin, Ana Fátima, e a curadora e mediadora Emília Nuñez, o autor contou um pouco sobre os desafios, sua paixão pela literatura e a escolha dos temas.
“Se você gosta de portas, escreva sobre portas. Se é de animais, escreva sobre animais, porque é uma forma de mostrar ao mundo como é você por dentro”, disse, ao acrescentar: “Escrever um livro é uma sensação única, não tem outra igual, e cada um tem a sua forma de escrever.”
Akin também falou sobre ter a mãe como principal motivadora e contou o quanto é importante saber como seu trabalho pode inspirar outras pessoas. “Me espelhei em ser escritor por conta da minha mãe, escritora também. E então pensei: se ela é escritora, também posso escrever. Então escrevi meu primeiro livro por causa de um projeto da minha escola e quero agradecer à minha escola, que também me incentivou nisso”, afirmou o escritor, que falou sobre o orgulho de inspirar outras pessoas.
A curadora do espaço Fliquinha elogiou a obra de Akin e destacou que sua presença no evento representa todas as crianças que escrevem e querem escrever. “A Fliquinha é o xodó da FLICA. Esse espaço reúne as crianças e famílias que celebram a infância. Temos muitas crianças hoje na Bahia escrevendo. Isso mostra o quanto a cena literária é saudável e faz a criança sonhar em ser escritora e escrever. Hoje foi lindo, foi emocionante”, concluiu.
No evento, o apresentador Vanderson falou sobre sua infância lúdica, de muita brincadeira — e foi nesta época que despertou nele o interesse pela leitura, pelas artes e pela contação de histórias. “E o que acontece na infância marca a gente pra sempre. A terapia conta isso, né? Quem faz terapia sabe que qualquer problema voltamos lá na nossa criança. Então, o que fazemos na infância marca demais.”
Por Tatiane Freitas
