A procura por programas de educação socioemocional nas escolas cresceu 316% nos últimos anos, segundo dados da EdTech Educa (2023). O fato sinaliza uma crescente conscientização sobre a importância dessa abordagem para enfrentar os desafios emocionais da vida moderna. 

A educação socioemocional ultrapassa os limites do ensino convencional, estimulando o desenvolvimento de competências emocionais e sociais. “Desenvolver nos estudantes a autonomia de reconhecerem e compreenderem suas próprias emoções, se colocarem no lugar do outro com empatia e a buscarem ajuda quando necessário é fundamental para o crescimento pessoal e a construção de relações saudáveis. Quando essas habilidades são cultivadas no ambiente escolar, os reflexos são imediatos: a convivência se torna mais respeitosa, os conflitos diminuem e a escola se transforma em um espaço mais acolhedor, seguro e afetivo. Investir em um clima escolar pautado na cultura da paz não é apenas uma escolha pedagógica, é um compromisso com a formação de cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para transformar o mundo ao seu redor”, explica a psicopedagoga e diretora do Colégio São Paulo, unidade Tempo de Criança, Larissa Machado.

O Colégio São Paulo tem investido na educação socioemocional como parte essencial da formação integral de seus alunos. A proposta, alinhada às atuais demandas, vai além do conteúdo acadêmico tradicional e prioriza o desenvolvimento de competências como empatia, autoconhecimento, controle emocional e resolução de conflitos. Essas competências são desenvolvidas de forma contínua por meio de atividades e projetos integrados ao currículo, desde a educação infantil. A participação da família também é vista como fundamental para o sucesso dessa formação. A psicopedagoga destaca que ações simples, como brincar com os filhos, conversar sobre o dia a dia e incluí-los em tarefas familiares ajudam a fortalecer sua autonomia e autoestima. “Quando a criança desenvolve a capacidade de reconhecer as próprias emoções, ela dá um passo essencial rumo ao autoconhecimento, ela também desperta a consciência de que suas ações impactam os outros”, completa Larissa Machado.

Por Pietro Rana