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Tecnologia brasileira leva Salvador a prêmio internacional por gestão de resíduos
Implementado
a partir de 2019 e com mais de 25 mil usuários cadastrados, o sistema
transformou a realidade da reciclagem em Salvador. Com o apoio da SO+MA,
foi possível estruturar um modelo completo de gestão de dados,
rastreabilidade, incentivo à população e remuneração direta às
cooperativas, o que garantiu mais eficiência, governança e inclusão à
política municipal de resíduos sólidos.
“Esse
reconhecimento global mostra que o Brasil tem capacidade de desenvolver
soluções tecnológicas escaláveis e com impacto real. O caso de Salvador
prova que, com metodologia, governança e estímulo ao comportamento
cidadão, é possível criar uma cultura de economia circular”, afirma
Claudia Pires, CEO da SO+MA.
Desde sua implantação, o programa já contabilizou:
- Engajamento de mais de 25 mil participantes por meio do aplicativo e pontos físicos;
- Encaminhamento correto de cerca de 5.000 toneladas de resíduos recicláveis;
- Destinação de mais de R$ 1,1 milhão diretamente às cooperativas de catadores como pagamento por serviços ambientais;
- Viabilização da contratação formal de cooperativas, com base em dados auditáveis fornecidos pela tecnologia da SO+MA.
- Evitados a emissão de mais de 12,6 milhões de quilos de CO? na atmosfera
“Sempre
dissemos que só lei e infraestrutura não bastam. É preciso adicionar
cultura, tecnologia e governança. E é esse tripé que temos buscado
estruturar em todas as cidades onde atuamos e que está dando certo em
Salvador”, completa Claudia Pires.
Reconhecimento na agenda climática internacional
O prêmio foi anunciado durante a Cúpula Mundial de Prefeitos C40, realizada de 3 a 5 de novembro no Rio de Janeiro. A edição 2025 do Local Leadership for Climate Awards reconheceu cidades que lideram a transição climática por meio de ações práticas em diversas categorias. Segundo a CEO da SO+MA, a escolha de Salvador como vencedora na área de resíduos sólidos ressalta o papel das cidades do Sul Global como protagonistas em soluções ambientais sustentáveis. “É simbólico que este reconhecimento venha às vésperas da COP30. Precisamos falar mais de resíduos, inclusão e mudanças reais nos territórios urbanos. Não existe transição justa se o tema da Economia Circular seguir invisível nas grandes discussões climáticas”, conclui a CEO da SO+MA.Por Fernanda Beatriz
