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Nordeste se consolida como hub mineral e mira ganhos de produtividade
O Nordeste brasileiro vive um momento de destaque no setor mineral. A região concentra polos estratégicos que vão do sal marinho potiguar (RN) ao Polo Gesseiro do Araripe (PE), responsável por abastecer grande parte da construção civil nacional, passando ainda pela Bahia, que diversifica sua produção com ouro, cobre, níquel e vanádio, e pelo Ceará, em ascensão nas exportações de rochas ornamentais.
De acordo com estimativas do setor, os estados nordestinos já representam entre 15% e 20% do faturamento nacional da mineração, algo entre R$ 20,8 e R$ 27,8 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. A Bahia sozinha movimentou R$ 6,7 bilhões, uma alta de 31% em relação ao ano anterior, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). No mesmo período, o Ceará dobrou suas exportações de rochas ornamentais, alcançando US$ 32,4 milhões. Já o Rio Grande do Norte segue como líder absoluto na produção de sal marinho, respondendo por 95% da oferta nacional.
O escoamento dessa produção é garantido por uma infraestrutura robusta: o Porto do Itaqui (MA) movimentou 17,2 milhões de toneladas no primeiro semestre e se mantém como o maior do Norte-Nordeste, enquanto o Terminal de Ponta da Madeira (MA) segue escoando cerca de 15 milhões de toneladas de minério de ferro por mês para o mercado internacional.
Produtividade com segurança em debate
Esse cenário de expansão será um dos temas centrais da Exposibram 2025, que acontece de 28 a 30 de outubro, em Salvador (BA). O evento, considerado um dos maiores da mineração latino-americana, reunirá empresas líderes para debater inovação, práticas seguras e avanços tecnológicos.
Entre os expositores, a Milwaukee Brasil apresentará soluções voltadas à produtividade com segurança em operações de alto risco, como mineração subterrânea, manutenção pesada e movimentação de cargas.
“Quando a economia aperta, quem investe em tecnologia sai na frente. É possível entregar mais desempenho, reduzir riscos de acidentes e ainda reter profissionais qualificados. Produtividade com segurança é valor econômico”, afirma Paula Cristina Dani, CEO da Milwaukee Brasil.
Tecnologia aplicada ao chão de mina
A empresa destacará ferramentas profissionais equipadas com sistemas de desligamento automático, proteção contra ricochete e sobrecarga, além de recursos digitais como o ONE-KEY™, que permite rastrear o uso, controlar torque, realizar manutenção preventiva e monitorar o ciclo de vida dos equipamentos.
Outro avanço é a linha de ferramentas a bateria, que substitui modelos a combustão, aumentando mobilidade e reduzindo tempo de inatividade. Segundo dados da Global Growth Insights, 68% dos usuários relatam ganho de produtividade e 49% afirmam ter reduzido paradas operacionais após a adoção de equipamentos sem fio.
“No Nordeste, já vemos profissionais das salinas, do gesso, das rochas e da mineração metálica utilizando ferramentas de alto torque e longa autonomia, além de sistemas de supressão de poeira e monitoramento de sílica, essenciais para atender normas como a NR-15 e NR-18”, completa Paula Dani.
SERVIÇO
Exposibram 2025
Data: 27/10 – abertura
Evento: 28 a 30 de outubro
Local: Centro de Convenções Salvador
Av. Octávio Mangabeira, 5.490 – Boca do Rio – Salvador – BA
Por Liliane Scaratti