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Segurança do paciente ganha cor e voz em setembro
Neste
17 de setembro, data em que se celebra o Dia Mundial da Segurança do
Paciente, hospitais e unidades de saúde em todo o mundo se somam à
campanha “Setembro Laranja”, promovida pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). O movimento busca reduzir danos evitáveis durante os cuidados
médicos e, em 2025, concentra o olhar sobre um público especialmente
vulnerável: recém-nascidos e crianças. O slogan “Segurança do paciente
desde o início!” sintetiza o chamado global. Na
Bahia, a cor da campanha ilumina as fachadas do Hospital Mater Dei
Salvador e do Hospital Mater Dei Emec, em Feira de Santana. Além da ação
simbólica, a Rede Mater Dei realiza o III Fórum Interno de Segurança do
Paciente, espaço de debate sobre práticas que reforçam a proteção do
paciente, como o protocolo de parto seguro, a adesão às Metas
Internacionais de Segurança e os avanços do programa Rumo ao Dano Zero,
em vigor há três anos. “A
importância do Dia Mundial da Segurança do Paciente vai além de uma
simples comemoração; é um chamado global à ação para garantir que todos
os pacientes recebam cuidados seguros e de qualidade, sem medo de danos
desde o início da vida”, afirma a Gerente Executiva de Qualidade da Rede
Mater Dei, Marília Corrêa. Segundo
a OMS, crianças e recém-nascidos estão entre os mais suscetíveis a
eventos adversos, seja pela vulnerabilidade fisiológica, pela
dificuldade de expressar sintomas ou pela necessidade de cálculos
rigorosos na administração de medicamentos. Também exigem equipamentos,
treinamento e protocolos especializados, nem sempre disponíveis em todos
os serviços de saúde. Para
enfrentar esses riscos, a entidade elencou cinco metas globais: 1)
envolver crianças e famílias nos cuidados, 2) aprimorar a segurança da
medicação, 3) melhorar a segurança do diagnóstico, 4) prevenir infecções
associadas à assistência e 5) reduzir riscos para recém-nascidos
pequenos e doentes. Especialistas
em saúde destacam que o envolvimento das famílias é peça-chave para
fortalecer a cultura da segurança. Ao participar ativamente das decisões
sobre o tratamento, os familiares podem ajudar a identificar sinais
precoces de complicações, garantir o cumprimento das orientações médicas
e servir como elo entre paciente e equipe de saúde. Outro
ponto de atenção é a prevenção de infecções associadas à assistência,
problema ainda frequente em unidades hospitalares de todo o mundo.
Estudos mostram que práticas simples, como a higienização correta das
mãos, o uso adequado de equipamentos de proteção e a adoção de
protocolos de esterilização, podem salvar milhares de vidas todos os
anos. Na
prática, iniciativas como o fórum realizado pela Rede Mater Dei mostram
que a agenda global já ecoa em instituições brasileiras. “Nossas ações
estão alinhadas às metas da OMS e buscam fortalecer continuamente a
cultura de segurança do paciente”, completa Marília Correa. Dessa
forma, o Setembro Laranja se afirma não apenas como uma campanha de
conscientização, mas como um convite à participação ativa de pacientes,
famílias e profissionais na construção de um ambiente hospitalar mais
seguro, da maternidade às demais etapas da vida. Por Cinthya Brandão