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Artigo - Arte, um encontro com a própria essência? = Regis Leal
Ao se dedicar a criar ou apreciar uma obra de arte, a pessoa inicia um processo de autoanálise, pois o trabalho artístico revela facetas da subjetividade que permanecem ocultas na agitação do dia a dia. Emoções, traumas, desejos e anseios se expressam de forma simbólica e oferecem a oportunidade de identificação e compreensão das particularidades emocionais. Logo, o autoconhecimento facilitado pela arte é importante para a construção da identidade e para o equilíbrio psicológico das pessoas.
A arte estimula competências cognitivas e emocionais essenciais para o desenvolvimento humano. A criatividade, exercitada nas diversas formas artísticas, promove a flexibilidade mental e a capacidade de resolução de problemas. A sensibilidade, que se amplia, permite maior empatia e compreensão do próximo, fortalecendo as relações interpessoais e o sentimento de pertencimento, contribuindo para moldar indivíduos mais integrais, conscientes e socialmente inseridos.
Por isso, é importante assegurar o acesso à arte desde a infância, com políticas públicas e abordagens educativas que valorizem a criatividade e a expressão artística. Espaços culturais e comunitários desempenham papel fundamental ao criar oportunidades para se experienciar a arte e promover o autoconhecimento. Esse apoio deve ser visto como parâmetro para focar a essência das pessoas e favorecer a saúde mental, além do bem-estar coletivo.
A arte é uma atividade estética e um caminho para despertar o ser humano para si mesmo e para o mundo. Ampliar o acesso à arte e incentivar sua prática vai além da necessidade cultural, é algo fundamental para formar seres humanos mais autênticos, criativos, empáticos e conscientes, pois a arte é o espelho no qual as pessoas enxergam a sua essência e se desenvolvem.
Regis Leal é auditor fiscal, mas encontrou na escrita uma forma de compartilhar reflexões sobre essência, espiritualidade e desenvolvimento pessoal. Ele é autor dos livros “Ação”, “Hoje – Permita-se Ser Quem Você É” e “Dharma – Viva na Plenitude”.