Do rock psicodélico à brasilidade mais inventiva, a turnê BACURI da banda goiana Boogarins faz parada em Salvador, no Pelourinho, nesta sexta-feira (19), para uma performance que atravessa mais de uma década de música, experimentação e sensibilidade. A partir das 19h, no Largo Quincas Berro D’Água, tradição e modernidade se encontram em um som livre, criativo e profundamente brasileiro. Com abertura do duo Cajupitanga, formado por Candioco e Gabriel Tupy, o show tem ingressos disponíveis no Sympla.

Direto de Vitória da Conquista para abrir a noite do Boogarins no Centro Histórico, a Cajupitanga promete trazer o frescor da cena independente baiana ao palco. O duo aposta em uma sonoridade que combina o violão de trova do interior com ritmos brasileiros, experimentalismo eletrônico e produção caseira, mesclando improvisos, samples e manipulações digitais que transitam da música ambiente ao cancioneiro sertanejo baiano e às tradições populares.

Formado em 2013 por Benke Ferraz (guitarra e voz), Dinho Almeida (guitarra e voz), Rafael Vaz (baixo, moog e voz) e Ynaiã Benthroldo (bateria e voz), o Boogarins conquistou plateias ao redor do mundo com cinco álbuns, duas coletâneas e uma indicação ao Grammy Latino. Com mais de 300 apresentações em países da Europa, América Latina e nos Estados Unidos, a banda já levou sua música a festivais como Coachella, Lollapalooza, Primavera Sound e Rock in Rio Lisboa, consolidando-se como um dos principais representantes da nova cena do rock nacional.

“A gente sempre gostou muito de tocar em Salvador, todas as nossas experiências lá foram maravilhosas. A turnê de lançamento do disco Bacuri tem sido muito legal, porque temos tocado o disco de uma maneira muito fidedigna e inserido músicas que fazem parte desses anos todos da banda. Então é um repertório que contempla o novo trabalho e as mais pedidas dos outros discos. Eu não tenho dúvida de que seremos muito bem acolhidos em Salvador e de que vamos fazer um grande show para todos no Pelourinho”, comenta Ynaiã Benthroldo, baterista da banda.

De volta às origens

Em 2024, o Boogarins lançou o álbum BACURI, que marca um retorno às raízes criativas do grupo, por ser o primeiro gravado inteiramente em casa desde o primogênito As Plantas que Curam (2013). A escolha do nome remete à palavra tupi que designa um fruto típico da Amazônia e do Cerrado e, em algumas regiões do Brasil, também usada como sinônimo de “criança”, criando uma metáfora para o amadurecimento artístico e pessoal vivido pelos integrantes. Essa dualidade atravessa o álbum, que reflete 12 anos de experiências e experimentações musicais, traduzidas em canções com lirismo, arranjos elaborados e a força que o público soteropolitano poderá vivenciar ao vivo.

Para o baterista Ynaiã, voltar ao modus operandi do primeiro disco, depois de já ter gravado em grandes estúdios nos Estados Unidos e no mundo, foi uma experiência muito gratificante e também muito natural. “No processo pandêmico, em 2020, a gente fez alguns encontros à distância para começar a montar o que seria o disco Bacuri, e inevitavelmente recorremos a como tudo começou. Transformamos o quarto em sala de gravação e fizemos ali o nosso local de experimentos e de trabalhos”, explica.

SERVIÇO

BOOGARINS - TURNÊ BACURI

Local: Largo Quincas Berro D’Água, Pelourinho, Salvador-BA

Data: 19 de setembro (sexta-feira)

Horário: Abertura dos portões às 19h

Classificação Indicativa: 18 anos

Ingressos: Plataforma Sympla

Por Nicole Smith