
Foto: Acervo pessoal
ARTIGO - Neurociência e educação: por que precisamos conhecer essa relação? = Por Anna Carla dos Santos Magalhães
A capacidade de aprender é o que torna o cérebro admirável e complexo, e os estudos da neurociência nos fazem compreender essa ideia cada vez mais. Com o passar dos anos, diversos pesquisadores vêm contribuindo de forma significativa para a construção do conhecimento acerca de como o cérebro aprende. Diante desses avanços, foi possível observar que a neurociência está diretamente relacionada com a educação e o seu conhecimento auxilia o educador a compreender os processos internos que acontecem no cérebro durante a aprendizagem.
O cérebro está ligado à aprendizagem, pois a forma como uma pessoa aprende envolve a atividade do sistema nervoso. Ele é o responsável por capacidades complexas do ser humano, como memória, emoções e motivação, atenção e linguagem. A educação é essencial, pois é por meio do processo de aprendizagem que tais capacidades são desenvolvidas. Quando relacionada aos estudos da neurociência, compreendemos que a educação possui a função de estimular e fortalecer as estruturas cerebrais que são responsáveis por essas capacidades.
A neurociência é considerada um complemento positivo para a educação, pois busca acrescentar e potencializar os processos de ensino e aprendizagem. Esse conhecimento reforça ao educador a ideia de que cada cérebro é único, marcado por experiências e ritmos próprios, sendo necessário considerar o educando a partir de seu processo neural.
Saliento que a neurociência não pretende substituir as teorias pedagógicas, mas colaborar com as práticas de ensino, tornando o processo de aprendizagem ainda mais significativo, e oferecendo um ambiente de sala de aula inclusivo e acolhedor. Entendemos que a neurociência não reduz o campo educacional a uma explicação biológica, nem mesmo se limita a ele, mas busca o seu diálogo, contribuindo para a ampliação do trabalho pedagógico e para a consolidação eficaz da aprendizagem.
A neuroeducação proporciona um olhar atento e empático para as particularidades do cérebro do educando, e isso é o que torna o ato de ensinar ainda mais valioso. Ter consciência dessa diversidade neural é pensar no outro com cuidado, buscando um processo de aprendizagem pleno, significativo e prazeroso. Portanto, a integração dos saberes da neurociência à educação é um caminho que reforça a importância de ensinar de forma respeitosa e transformadora.