
Das 60 empresas brasileiras participantes, 27 são da Bahia. Foto: Valter Pontes / Coperphoto / Sistema FIEB
Bahia lidera participação em rodada de negócios internacionais com expectativa de US$ 5 milhões
A força da indústria baiana marcou presença na rodada de negócios realizada durante o 41º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), nos dias 16 e 17 de junho, no SENAI Cimatec, em Salvador. Das 60 empresas brasileiras participantes, 27 são da Bahia — o maior número entre os estados representados. O encontro reuniu empresários, representantes do setor produtivo e investidores da Alemanha e do Brasil.
Organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a Rede CIN e a ApexBrasil, a rodada tem expectativa de movimentar US$ 5 milhões em negócios nos próximos 12 meses. Os encontros aproximam empresas dos setores de alimentos e bebidas, cosméticos, energia renovável, bioeconomia e economia circular de 10 potenciais importadores alemães, que participaram das negociações.
Para muitas das empresas baianas, a participação no evento é resultado direto do apoio da FIEB à internacionalização de negócios. É o caso de Priscila Santos, da E.Dolce, que apresentou seus waffles funcionais, sem glúten, lactose ou açúcar. “Desenvolvi esse produto porque sou celíaca e diabética. Transformei a dor em possibilidade e em negócio. Com o apoio da FIEB e do CIN (Centro de Internacionalização de Negócio), conseguimos acesso a compradores estrangeiros. É um grande passo para levar nossa produção da Bahia para o mundo”, disse.
Samira Cavalcanti, CEO da Samiele, primeira hidromelaria certificada da Bahia, também reforça o papel das ações da FIEB no processo de internacionalização. “A exportação começa a ser um divisor de águas. Tive apoio em programas como o Mulheres da Terra e o Procompi, e hoje estou aqui, com feedback direto de compradores alemães, entendendo como posicionar o produto da melhor forma no mercado internacional”, destacou.
Além da Bahia, participaram empresas de outros 11 estados e do Distrito Federal, mas a presença majoritária de empreendimentos baianos evidenciou o dinamismo do setor produtivo local e a preparação para explorar novos mercados. O interesse dos compradores alemães reforçou esse potencial, como conta Meybol Antuanet, da Meybol Cacao: “O cacau da Bahia nos impressionou. Encontramos aqui produtos incríveis como cafés, nibs, açaí e outros superalimentos. É a nossa primeira vez aqui e já vemos um enorme potencial de negócios com a Bahia”.
Garrit Peters, da torrefadora de cafés especiais Trez Cabezas, de Berlim, destacou a importância do encontro presencial para fortalecer conexões: “Eventos como este são essenciais. Conhecemos pessoas apaixonadas pelo que fazem, vimos produtos que não estavam no nosso radar e saímos inspirados. Já estou ansioso para o próximo ano”.
EEBA
Realizado desde 1983, o EEBA alterna suas edições entre Brasil e Alemanha. Em 2025, o encontro destaca a sustentabilidade, a inovação e os investimentos industriais como pontos centrais da agenda bilateral. “Temos muito espaço para ampliar nossa parceria com a Alemanha”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Só neste ano, a cada R$ 1 bilhão exportado para a Alemanha, foram gerados no Brasil 26 mil empregos, R$ 504,3 milhões em massa salarial e R$ 3,3 bilhões em produção. Apoiar a inserção de pequenas e médias empresas nesse mercado é uma das prioridades da FIEB e da CNI.
Fonte: FIEB