Foto: Divulgação
Brasileiro lança livro baseado em pesquisas feitas em Harvard e na UFRJ sobre a fusão entre arte e ciência
Ter habilidades diversas, como raciocínio lógico, apreço pela arte e competências interpessoais, pode parecer uma combinação incomum, mas é justamente essa união que gera os resultados mais inovadores. No cenário atual, os profissionais mais valorizados são aqueles que conseguem integrar o pensamento técnico com a criatividade. João Silveira, pesquisador brasileiro radicado na França, exemplifica essa interseção em seu livro "Tudo Faz Sentido: Conectando os Pontos entre Arte, Ciência e Inovação", publicado pela Editora Labrador. A obra oferece uma análise profunda sobre como a conexão entre diferentes áreas do conhecimento pode impulsionar a inovação e criar soluções para os desafios modernos.
Silveira é um exemplo do que podemos chamar de “polímata”, aquele que domina diversas áreas do conhecimento, sem se restringir a um único campo. Geralmente, inventores, criativos e cientistas são polímatas, mas cada vez mais vemos pessoas de diferentes áreas abraçando esse perfil transdisciplinar. João é pesquisador e doutor em educação, e atua no IFPEN, centro de referência em pesquisas energéticas situado em Paris, mas também foi farmacêutico, empreendedor e bailarino profissional. Sua trajetória profissional pouco convencional demonstra como múltiplas habilidades, quando integradas, tornam-se um grande diferencial. No livro, o autor não foca em sua biografia, mas explora eventos históricos e atuais que revelam como a fusão entre arte e ciência impulsiona a inovação e oferece soluções criativas para os desafios contemporâneos.
João Silveira, com base em pesquisas realizadas em Harvard, na UFRJ, na Fiocruz e na Universidade do Texas, em seu doutorado e pós-doutorado, explora na obra o conceito de transdisciplinaridade, que vai além da simples interseção de diferentes áreas de conhecimento. Silveira defende que a verdadeira inovação surge quando disciplinas aparentemente desconexas, como arte e ciência, se unem para gerar soluções criativas e transformadoras.
“Essa integração entre arte e ciência não só expande as fronteiras do conhecimento, mas também permite novas formas de ver e solucionar problemas complexos que enfrentamos no mundo moderno” – João Silveira, doutor em educação, pesquisador e escritor
Esse conceito não é novo; ao longo da história, grandes mentes como Leonardo da Vinci incorporaram essa visão, unindo ciência, arte e engenharia para criar obras e invenções revolucionárias. Da Vinci, por exemplo, é lembrado tanto por suas pinturas quanto por suas contribuições científicas e engenhosas, o que demonstra como a fusão de diferentes saberes é fundamental para a inovação. Além de Da Vinci, exemplos como Einstein, que tocava violino, e Shakespeare, fascinado pela ciência, provam que grandes realizações surgem da capacidade de conectar diferentes formas de conhecimento e expressão.
Para além de exemplos históricos, a conexão entre diferentes campos do conhecimento parece ser uma condição essencial para a criatividade e a busca por soluções para os desafios contemporâneos. Das mudanças climáticas às epidemias, da desigualdade social aos conflitos armados, esses problemas globais exigem uma abordagem transdisciplinar e criativa. Em “Tudo Faz Sentido”, João Silveira explora como a combinação entre ciência e arte pode gerar respostas inovadoras a essas questões, mostrando que a união de diferentes pontos de vista é fundamental. Ele afirma que "a integração entre arte e ciência expande as fronteiras do conhecimento e abre novos caminhos para soluções criativas que o mundo moderno exige’
Além disso, o autor aborda como a combinação de hard skills (competências técnicas, adquiridas por meio de estudos e práticas) com soft skills (habilidades interpessoais e emocionais) pode proporcionar uma vantagem competitiva. Ao ler o livro, conectamos os pontos e compreendemos que “ambas são peças fundamentais para o sucesso, complementando-se de maneira valiosa. Quando profissionais aliam essas competências, estão essencialmente unindo arte e ciência”. Essa união de valores é o alicerce da inovação, permitindo não apenas a resolução de problemas, mas a criação de soluções inéditas para questões complexas do mundo moderno.
“Percebi que havia uma falta de conhecimento coletivo sobre como a arte e a ciência podem se integrar de maneira a impulsionar a inovação. Muitas pessoas ainda veem essas vertentes como opostas ou desconectadas, sem perceber que seus encontros podem gerar soluções criativas e eficazes para problemas contemporâneos.” – João Silveira
A abordagem inovadora e o olhar único sobre a união entre arte e ciência garantiram destaque a “Tudo Faz Sentido” em seu mês de lançamento. O livro alcançou o Top #1 na categoria ‘Escolas, Períodos e Estilos’ da Amazon, além de figurar no 7º lugar em ‘Biblioteca e Ciência da Informação Política e Ciências Sociais’ e no 8º lugar em ‘Ensaios e Comentários sobre Ciência’. Esses resultados refletem o interesse crescente por uma visão transdisciplinar que conecta diferentes áreas do conhecimento para gerar soluções criativas e inovadoras.
Sobre o autor:
João Silveira nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, destacou-se como bailarino profissional e atuou em mais de quatro mil espetáculos pelo mundo. É graduado em Farmácia pela UFSC e doutor em Educação, Difusão e Gestão em Biociências pela UFRJ. Seu interesse em conectar diferentes campos do saber o levou a ser pesquisador visitante em Harvard. Atualmente vive na França, onde explora as conexões entre arte, ciência, educação e inovação.
Serviço:
Título: Tudo faz Sentido: Ligando os pontos entre arte, ciência e inovação
Autor: João Silveira
Páginas: 128
Editora: Labrador
Por Marcelo Boero