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Jovens foram premiados durante o Festival LED, no Rio de Janeiro Crédito: Ratão Diniz | Divulgação Ashoka/Pacto Global/Unicef
Ashoka reconhece sete estudantes da Bahia como Jovens Transformadores de sua rede global
A Ashoka, maior rede mundial de seleção de projetos de impacto social desenvolvidos por jovens para suas comunidades, acaba de reconhecer sete estudantes da Bahia como Jovens Transformadores Ashoka 2025. Ao todo, são 24 jovens entre 15 e 20 anos, de 10 estados brasileiros, reunidos com o mesmo propósito: transformar o mundo em um lugar mais justo, inclusivo e sustentável e inspirar outras pessoas a perceberem a potência que carregam dentro de si.
Todos os Jovens Transformadores Ashoka estiveram no Rio de Janeiro e foram reconhecidos, no dia 13 de junho, em cerimônia durante o Festival LED (Luz na Educação) apresentada pela atriz Ana Hikari, que também conduziu uma sessão onde os jovens apresentaram seus projetos e experiências. Esse momento aconteceu num espaço na área externa do Museu do Amanhã, em parceria com UNICEF e o Pacto Global da ONU, e foi aberto às perguntas do público. O Festival LED é uma realização do Grupo Globo e da Fundação Roberto Marinho.
Antes do reconhecimento no Festival, os jovens participaram de encontros durante dois dias de atividades, no Rio de Janeiro, com a rede de inovadores sociais da Ashoka e parceiros estratégicos. Eles apresentaram seus projetos sociais, que oferecem soluções para diferentes questões, como educação, saúde, ambiente, equidade racial, acessibilidade, literatura, tecnologia e direitos humanos.
“Cada uma dessas histórias revela o poder que os jovens têm de transformar o mundo à sua volta. Ao reconhecer esses protagonistas, queremos inspirar outros jovens, e também os adultos, a enxergarem que a mudança social começa com atitudes simples, sustentadas por empatia, colaboração, iniciativa e uma nova forma de liderar que mostra que todas as pessoas têm o direito a contribuir com o bem comum”, afirma Helena Singer, líder da Estratégia de Juventude da Ashoka.
Projetos na área da saúde recebem reconhecimento da Ashoka
Entre os jovens baianos reconhecidos estão José Cássio Alves, de Teixeira de Freitas, criador do Pulso Jovem, campanha que incentiva a doação de sangue entre adolescentes no extremo sul da Bahia. Outra iniciativa laureada foi o projeto “Amar é Doar”, de Matheus Pereira dos Santos, de Guanambi, que mobiliza a doação de sangue entre jovens com campanhas educativas nas escolas e caravanas até os hemocentros.
Além deles, também foi reconhecida a baiana Giovana Ramalho, fundadora da Associação de Apoio à Saúde do Atleta (AASA), organização que oferece apoio médico e educacional a jovens atletas de baixa renda. Mais jovem brasileira a receber o prêmio Best Delegate no modelo da ONU de Harvard, Giovana usou sua experiência para criar a primeira iniciativa liderada por jovens atletas no Brasil.
Iniciativas na educação também são condecoradas
O projeto Mãos Mágicas, do jovem de Itabuna, Igor Bastos Silva, que ensina Libras de forma lúdica a crianças, promovendo inclusão desde cedo, foi uma das iniciativas reconhecidas na área da educação. Em parceria com pesquisadores como Juli Beltrame, do Harvard Lab, a iniciativa Mãos Mágicas está testando ferramentas de inteligência artificial que ajudam crianças a identificarem objetos e seus sinais correspondentes.
Também foram nomeados Jovens Transformadores Felipe Bandeira, criador de grêmio estudantil, em Candiba, para promover protagonismo juvenil e democratizar a gestão escolar, e Yasmin de Moraes, líder jovem em Eunápolis, onde fundou a Life Change, projeto de mentorias gratuitas sobre oportunidades acadêmicas, intercâmbios e competições científicas que já impactou mais de 10 mil jovens em todo Brasil.
Educação ambiental e gestão de resíduos
Iniciativa desenvolvida por Sabrina de Queiroz Leite, de Ibotirama, o projeto Filhas de Gaia promove educação ambiental e gestão de resíduos sólidos em escolas públicas com métodos criativos, como o desenvolvimento de um aplicativo educativo sobre descarte correto de resíduos, oficinas, jogos didáticos e ações práticas como instalação de composteiras e parcerias com centros de reciclagem. O projeto ganhou reconhecimento ao participar de feiras científicas, como a FECIBA, onde mobilizou jovens por meio do jogo educativo desenvolvido pelo grupo.
Por Pedro Marques