
De janeiro a abril deste ano, foram contratados R$ 740 milhões em 43 mil operações para bovinocultura leiteira / Foto: Tibico Brasil
Produtores de leite aumentam em 30% contratação com o Banco do Nordeste em 2024
As contratações de crédito no Banco do Nordeste (BNB) feitas por produtores de leite cresceram cerca de 30% entre 2023 e 2024, finalizando o ano passado com R$ 2,6 bilhões. Os valores atenderam clientes de todos os portes, entre agronegócio e agricultura familiar, em cerca de 157 mil operações distribuídas em toda área de atuação do Banco (estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo). De janeiro a abril deste ano, foram contratados R$ 740 milhões em 42 mil operações.
O resultado financeiro, embora não determine um crescimento equivalente na produção de leite, se configura como um dado importante para a economia da Região, a partir do incentivo à pecuária leiteira, com reflexo na oferta do produto e na melhoria de qualidade de vida de agricultores familiares. Avalia Luciano Ximenes, do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene).
O técnico alerta que fatores como sazonalidade da produção e preço de comercialização, além de efeitos do clima, impactam na produção de leite. “Três anos consecutivos de La nina propiciaram boa oferta de forragem e de grãos e, de certa forma, estimularam investimentos, a depender do porte do pecuarista”, observa.
Bahia
Os produtores baianos também acompanham as captações para investimento em produção de leite. De 2022 para 2024, os valores contratados quase dobraram, passando de R$ 272 milhões para R$ 441 milhões. Nos quatro primeiros meses deste ano, já foram contratados R$ 124 milhões.
Segundo o superintendente do BNB na Bahia, Pedro Lima Neto, esse aumento se deve a ações estratégicas de apoio às cadeias produtivas, como o Prodeter, que estimula financiamentos de forma estruturada. “O crescimento das contratações é fruto de um trabalho estruturado, que combina crédito, assistência técnica e planejamento. Temos atuado muito próximos dos produtores e, na pecuária leiteira baiana, isso significa muito mais produtividade, geração de renda e desenvolvimento para os territórios", afirma o gestor.
Fonte: BNB