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Fibras de bananeira e de leite coalhado: saiba como conservar roupas de tecidos sustentáveis e naturais
Com
objetivo de gerar menos impacto ao meio ambiente, a indústria têxtil
buscou alternativas desde a fabricação de roupas até o descarte e
reaproveitamento dos materiais para evitar e diminuir os poluentes na
natureza. Dessa forma, é possível encontrar no mercado peças com fibras
de bambu, bananeira e até mesmo couro de abacaxi. Com a chegada de novos
tecidos no segmento de moda, é importante saber como conservar os
itens. Para isso, a especialista têxtil da 5àsec, Marinês Cassiano,
ensina dicas de como cuidar das roupas e em quais tipos de peças é
possível, geralmente, as fibras sustentáveis serem aplicadas.
“Nos últimos anos, a indústria têxtil investiu em soluções para a criação de tecidos que possam ser absorvidos pelo meio ambiente, diminuindo o acúmulo em aterros sanitários. Além disso, as novas fibras estimulam o consumo consciente por parte dos consumidores, que enxergam a importância de reaproveitar e efetuar a reciclagem das roupas. Todo esse movimento também influenciou na mudança no cuidado das peças, alterando a forma de lavar, secar e guardar. É preciso ficar atento para não comprometer a vida útil dos itens com a higienização errada”, revela Marinês.
Bambu: respirável, antibacteriano e antialérgico, a fibra de bambu começou a ser utilizada no século 21. Com toque aveludado, similar a seda, o tecido é considerado sustentável quando usado em sua forma mais pura, sem o complemento de materiais sintéticos. No mercado da moda, a fibra pode ser encontrada em camisetas, calças e também em itens de cama, como lençóis e fronhas. Para manter a qualidade do material, é necessário o armazenamento em local seco e longe de luz direta, além de evitar empilhar sob roupas pesadas para que não fiquem deformadas.
Pinãtex: feito a partir das folhas de abacaxi, o tecido é um couro que pode ser encontrado, principalmente, em acessórios e calçados. Com característica leve, flexível e respirável, a fibra não causa danos ao meio ambiente e aos animais. Os cuidados para a conservação seguem os mesmos requisitos que o tradicional couro, sendo necessário hidratá-lo periodicamente para não ressecar, guardar em um local limpo e seco, evitando empilhamento, e evitar produtos abrasivos durante a limpeza do dia a dia para não danificar a peça.
Linho: muito conhecido, o linho já faz parte do guarda-roupa de muitos brasileiros. Resistente e versátil, o tecido é um dos mais famosos na moda sustentável. Presente em diversos tipos de roupas, como camiseta, bermuda, calça, vestido e peças de cama, os itens devem ser guardados sempre pendurados para que não fiquem amassados ou com marcas. Também é indicado utilizar cabides de veludo ou com proteção nos ombros para camisas e outras peças que ficam suspensas.
Laranja: é produzida por meio do bagaço da laranja. Com uma textura similar a seda, o tecido é leve e suave, podendo ser brilhante ou opaco. A fibra pode ser encontrada em artigos de luxo por ser conhecida como a seda vegana, além de poder ser tingida ou impressa. Para conservar este tipo de tecido é indicado sempre lavar ao perceber alguma sujidade. Além disso, as lavanderias especializadas, como é o caso da 5àsec, têm papel fundamental no aumento de vida útil das fibras naturais, já que fazem a limpeza de acordo com a etiqueta das roupas.
Bananeira: a fibra de bananeira é produzida por meio do tronco da planta herbácea, mais especificadamente do abacá, que geralmente não dá fruto. Resistente, o tecido pode ser o substituto para o algodão e demais sintéticos, podendo ser encontrado em bolsas, camisetas e diferentes tipos de vestuário.
Qmilk: advindo da proteína do leite coalhado, esta fibra possui um toque macio e pode ser encontrada em cortinas e em roupas para a prática de atividades físicas. O tecido conta com boa resistência e durabilidade, além de ser antibacteriano e contribuir com a regulação da temperatura, ideal para pratica de exercícios. Para prolongar a vida útil da roupa, o indicado é conservar em local seco e protegido do sol. Já para higienizar, é recomendado levar para uma lavanderia especializada.
Por Letícia Fernandes