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Foto: Divulgação
Edital pretende ajudar as ONGs da Bahia a lidar com discursos de ódio e desinformação na web
O Projeto
NANET, iniciativa da Associação Brasileira de Organizações Não
Governamentais (Abong), em parceria com a ONG Ação Educativa e o
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), e apoio
da União Europeia, está com inscrições
abertas para o edital de seu primeiro ciclo formativo "Cuidados Digitais
e Bem-estar na Internet", até 24 de julho.
O objetivo da iniciativa é democratizar o
uso consciente da tecnologia no Brasil, enfatizando os direitos humanos
e a defesa do Estado de Direito em um contexto de crescente
digitalização. Dez coletivos e organizações de estados como Bahia,
Ceará,
Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pará serão selecionados. Cada um dos
contemplados receberá R$20 mil para a execução das atividades
formativas.
O projeto visa capacitar comunidades e
ativistas para uma apropriação responsável da tecnologia, destacando a
importância da governança democrática da internet e a defesa dos
direitos digitais. “Em meio ao cronograma de atividades formativas
planejadas, além dos ciclos formativos em cuidados digitais e bem-estar
na internet, destacaria o treinamento em ferramenta de diagnóstico e
avaliação de cibersegurança e os workshops colaborativos sobre combate
aos discursos de ódio,
desinformação e o uso da liberdade de expressão. Nosso objetivo é
ampliar a adesão das OSCs comprometidas com a defesa dos direitos
digitais, buscando construir pertencimento entre aquelas que não têm a
tecnologia como foco central de suas
agendas”, revela Juliane Cintra, diretora-executiva da Abong e uma das
idealizadoras da iniciativa.
Com esta proposta, as instituições
convidam as organizações da sociedade civil, coletivos e movimentos
sociais que trabalham com tecnologia a compartilhar propostas formativas
sobre práticas de cuidados digitais e bem-estar na internet. “Serão
especialmente valorizadas propostas que articulem interseccionalmente as
questões de raça, gênero, diversidade sexual e territorialidade,
reconhecendo a importância de abordar essas dimensões para a construção
de um ambiente digital mais inclusivo
e seguro”, complementa.
Por Adriana Souza