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Jurados, alunos e professores durante o Huawei Developer Competition 2025 /:Foto: Divulgação
Estudantes da IFBA vencem mundial do Huawei Developer Competition 2025
A Huawei encerrou com sucesso a edição latino-americana da Huawei Developer Competition (HDC) 2025, realizada nos dias 9 e 10 de outubro em Brasília, durante o Festival Curicaca, em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O evento reuniu os melhores desenvolvedores da região e marcou a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Huawei Cloud - uma das líderes globais em soluções de nuvem e inteligência artificial - e a ABDI, fortalecendo o compromisso conjunto de promover a transformação digital e a inovação no Brasil.
Em apenas duas semanas de inscrições, a competição atraiu mais de 300 desenvolvedores de toda a América Latina, um recorde regional para o HDC. Ao longo da disputa, as equipes apresentaram soluções que unem tecnologia e impacto social em duas trilhas: Inteligência Artificial e Soluções Digitais. O painel de jurados foi formado por especialistas de universidades de referência no país, como Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Católica de Brasília (UCB) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), reforçando o caráter acadêmico e técnico da competição.
A equipe brasileira Plants of the Present, formada por Lucas Gobbie (UnB), Fernanda Mees (USP), Luiza Saliba (Unifesp), Amanda Joioso (USP), Lucas Sala (UnB) e Luiza Ferro (UnB), foi campeã da trilha de Inteligência Artificial com o desenvolvimento de uma plataforma de MRV (Monitoring, Reporting, and Verification) baseada em inteligência artificial e blockchain voltada para projetos de crédito de carbono em reflorestamento. A solução aumenta a transparência e a credibilidade no mercado voluntário de carbono, combatendo os chamados créditos fantasmas. Os integrantes são estudantes e ex-participantes do programa Seeds for the Future, da Huawei, iniciativa voltada à formação de jovens talentos em IA, nuvem e sustentabilidade, que estimula a aplicação prática do conhecimento acadêmico em desafios reais.
A equipe Geca, composta por Daniel Miranda (IFBA), Márcio Henrique (IFBA), Levi Marques (IFBA) e Givanildo Santos (IFBA), foi campeã da trilha de Soluções Digitais com um sistema de monitoramento de saúde animal via Internet das Coisas (IoT) que utiliza coleiras inteligentes e módulos de ordenha conectados para acompanhar a fisiologia do gado e a qualidade do leite em tempo real. A tecnologia permite a detecção precoce da mastite bovina, uma das doenças mais custosas da pecuária leiteira, reduzindo perdas e aumentando a eficiência produtiva. A equipe é formada por professores e alunos do Instituto Federal da Bahia, integrando pesquisa, ensino e extensão em IoT, computação em nuvem e sistemas embarcados.
“O talento e a criatividade apresentados aqui mostram a força da inovação latino-americana. Estamos muito orgulhosos em ver o Brasil liderando essa transformação tecnológica e oferecendo soluções que unem impacto social, sustentabilidade e digitalização”, afirmou Yang Hua, presidente da Huawei Cloud Brasil. As equipes vencedoras receberam prêmios em dinheiro, mentorias técnicas e a oportunidade de participar do Huawei Cloud Startup Program, que oferece aceleração e visibilidade global para projetos de destaque.
Ainda durante o evento, a Huawei Cloud e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para fortalecer o ecossistema nacional de inovação. O documento - firmado entre o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, e o Presidente do Departamento de Ambiente de Negócios da Huawei no Brasil, Fred Xu - foi celebrado durante a programação do Palco NIB, principal espaço do Festival Curicaca, que reuniu mais de 15 mil participantes presenciais e 130 mil espectadores online. O acordo estabelece quatro eixos principais de cooperação: o desenvolvimento de projetos-piloto para a indústria e a sociedade, a realização de workshops e treinamentos para o setor produtivo, a promoção conjunta de pesquisa e inovação, e o apoio a startups e pequenas empresas em programas de aceleração tecnológica.
Cappelli destacou a importância da cooperação internacional. “Foi impressionante ver de perto o que os chineses estão fazendo em inovação, inteligência artificial e cloud. Esse acordo nos traz a oportunidade de integração e troca de experiências que certamente abrirão novas possibilidades para os brasileiros e para a juventude do país”, afirmou. Para Fred Xuhongbo, a parceria reforça o papel estratégico do Brasil na economia digital. “O país está aprendendo a desenvolver sua própria economia digital e a formar talentos locais. Muitas empresas podem crescer nos próximos anos e, talvez no futuro, o Brasil tenha suas próprias versões. Esse é o nosso objetivo”, disse.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da ABDI, Carlos Geraldo, destacou a relevância da colaboração regional. “O que vimos aqui é o espírito da inovação colaborativa em ação. As soluções apresentadas têm um potencial real de impacto social e econômico”, declarou. O diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da ABDI, Carlos Geraldo, destacou a relevância da colaboração regional. “O que vimos aqui é o espírito da inovação colaborativa em ação. As soluções apresentadas têm um potencial real de impacto social e econômico”, declarou.
A final da HDC 2025 reuniu cerca de 200 convidados, entre autoridades, executivos, professores e representantes de startups e instituições de tecnologia do Brasil, Argentina, Peru, México, Colômbia e Brasil, reforçando a integração do ecossistema latino-americano de inovação. O festival também contou com painéis sobre inteligência artificial, educação digital e inclusão tecnológica.
“As iniciativas que trouxemos para o Festival Curicaca reforçam nosso compromisso com a formação de talentos e com a construção de um futuro digital mais inclusivo e sustentável. Acreditamos que a inovação é a chave para impulsionar a transformação econômica e social do Brasil e de toda a região”, concluiu Yang Hua.
Por Gustavo Brito