
A Bahia produziu mais de 160 milhões de litros de leite no primeiro semestre de 2025. Crédito: Tibico Brasil.
Produção de leite cresce 10% no Nordeste
A produção de leite no Nordeste registrou crescimento de 10,36% no primeiro semestre de 2025, alcançando 603 milhões de litros contra 546 milhões no mesmo período do ano passado. Os dados apresentados no estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos (ETENE), do Banco do Nordeste, apontam que, na Bahia, foram mais de 160 milhões de litros no semestre, aumento de 7,6% em relação aos seis primeiros meses de 2024.
De acordo com o estudo, foram aplicados R$ 8,9 bilhões na bovinocultura leiteira e no processamento de lácteos de 2020 a 2024 com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operacionalizado pelo Banco do Nordeste (BNB). Os recursos contemplaram toda a área de atuação do Banco. Somente De acordo com o estudo, foram R$ 8,9 bilhões com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operacionalizado pelo Banco do Nordeste. Somente em 2024, os investimentos superaram R$ 2,7 bilhões, sendo 93% desse volume destinado ao semiárido.
É o caso da produtora Izabel Cristiane Almeida, do município de Pé de Serra, a 220 quilômetros de Salvador. Dona Cris, como é conhecida na região, é cliente do Agroamigo e participou do Plano de Ação Territorial (PAT) da Bovinocultura de Leite no território. Referência em empreendedorismo feminino na região, ela produz queijos e doces e, com o apoio do Banco do Nordeste, expandiu a produção com sustentabilidade.
Dona Cris conta que as instituições parceiras foram essenciais para a expansão do negócio. “Tivemos apoio de diversos parceiros que estiveram conosco no PAT e nos ajudaram a estruturar a produção. Fomos capacitados desde o plantio da palma para os animais até a produção do queijo. Isso foi muito importante para crescermos”, destaca.
Para o superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia, Pedro Lima Neto, a atuação do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) e do Agroamigo, microcrédito rural da instituição, têm sido fundamentais para a cadeia produtiva.
“A cadeia do leite é estratégica para o desenvolvimento regional, porque envolve desde a agricultura familiar até as agroindústrias. Enquanto o Prodeter tem atuado no fortalecimento e na estruturação dessa cadeia, o Agroamigo tem oferecido ao pequeno produtor orientação, assistência técnico e crédito. Essa atuação conjunta movimenta a economia local e permite que ela tenha condições de competir em escala nacional”, pontua o executivo.
Além de liderar em volume de produção, a Bahia tem atraído investimentos voltados à verticalização da produção e ao fortalecimento de cooperativas. A perspectiva para o segundo semestre de 2025, ainda segundo o ETENE, é de mais oportunidades do que desafios, considerando o início do ano com a atividade em expansão.
Fonte: BNB