
Foto: Divulgação/Acervo pessoal
ATIGO - O dilema e o monstro do poder = Por Plácido Faria
O poder é, ao mesmo tempo, sedutor e perigoso. Ele tem a capacidade de transformar realidades, mas também de aprisionar aqueles que o detêm. O dilema do poder se transforma num monstro social, que ameaça tanto quem o exerce quanto aqueles que dele dependem.
Na prática, a gestão do poder exige equilíbrio. Quando bem conduzido, pode gerar progresso, justiça e inclusão. Porém, quando mal administrado, abre espaço para abusos, desigualdades e distorções que corroem a sociedade.
O desafio está justamente em saber lidar com essa força invisível. É preciso consciência e responsabilidade para que o poder não se torne um fim em si mesmo, mas sim um instrumento de construção coletiva.
Em tempos de instabilidade, essa reflexão se torna urgente: como impedir que o poder deixe de servir à sociedade para servir apenas a interesses pessoais? Essa é a pergunta que continua ecoando – e que define os rumos de uma nação.
O Monstro do Poder
Quando a ambição deixa de servir e passa a devorar. O poder é fascinante. É também cruel.
Não se trata apenas de quem o possui, mas de como ele age sobre todos nós. O dilema do poder se transforma num monstro social — e, quando cresce, devora princípios, valores e até a liberdade.
Ele se esconde em gestos sutis, em decisões silenciosas, em sistemas que alimentamos sem perceber. A cada concessão, o monstro se fortalece. A cada silêncio, ele se expande.
E então surge a pergunta inevitável: o poder molda a sociedade ou é a sociedade que cria o monstro do poder?