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Lei Paulo Gustavo teve papel importante na produção do Filme 'O Último Azul', que estreia hoje com Rodrigo Santoro
O filme O Último Azul, dirigido por Gabriel Mascaro, estreia hoje nos cinemas brasileiros, após conquistar reconhecimento internacional com o Urso de Prata, Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim, além dos prêmios do Júri Ecumênico e dos leitores do Berliner Morgenpost.
Estrelado por Denise Weinberg, que interpreta Tereza, uma idosa de 77 anos que decide embarcar em uma jornada pelos rios da Amazônia para realizar um último desejo em meio a um cenário distópico, o longa também conta com Rodrigo Santoro no elenco e se destaca por abordar temas como envelhecimento, autonomia e etarismo.
A produção também foi possível graças ao apoio de políticas públicas de incentivo à cultura, contando com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Agência Nacional de Cinema (Ancine), do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), do Funcultura, da Fundarpe e do Banco do Brasil, entre outros parceiros institucionais. Segundo dados oficiais do Ministério da Cultura, entre 2023 e 2024 o governo federal destinou R$4,8 bilhões ao setor produtivo via FSA e Ancine, além de R$2,8 bilhões repassados pela Lei Paulo Gustavo.
Embora o valor exato aportado especificamente em O Último Azul não tenha sido divulgado, a robustez desses investimentos demonstra a relevância do fomento público para a consolidação de projetos de grande impacto cultural e artístico. A estreia do longa no Brasil, em mais de 155 salas, celebra tanto a força criativa do cinema nacional quanto a importância das políticas públicas no fortalecimento da indústria audiovisual.
O FSA existe para fortalecer todo o setor de cinema e produção audiovisual no Brasil, desde a criação dos roteiros até a exibição dos filmes. O dinheiro usado para financiar os projetos vêm de contribuições feitas por empresas do próprio mercado, como produtoras, emissoras de TV e operadoras de telecomunicações, como CONDECICE e FISTEL, por exemplo. Essas contribuições são obrigatórias por lei e ajudam a manter viva a produção cultural no país.
“De forma resumida, a Lei do Audiovisual é uma forma de o governo apoiar a produção de filmes, séries e outros conteúdos no Brasil. As empresas que pagam impostos podem direcionar parte desse valor para projetos culturais, em vez de repassar tudo para o governo. Esse apoio ajuda a tirar do papel ideias que, de outra forma, talvez nunca fossem realizadas”, conta Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo.
Além de permitir que ideias saiam do papel, os recursos da lei incentivam a profissionalização do setor, geram empregos, movimentam a economia criativa e fortalecem a imagem institucional das empresas que apoiam a cultura. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro. É importante contar com parceiros mediadores que orientem empresas e produtores a entenderem como aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento e fortalecem a imagem institucional. Para o governo, é uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país”, conclui Vanessa.
Por Alexandre Ribeiro