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Caravana de Direitos Humanos leva formação interseccional para juventude de Olivença
Estudantes do Colégio Estadual Jorge Calmon, em Olivença-Ilhéus ,
participaram, nesta quinta-feira (15), de atividades formativas em
gênero, raça, diversidade sexual, direitos da juventude e cidadania. A
atividade é uma estratégia da Caravana de Direitos Humanos,
que já atendeu mais de 500 pessoas no território e segue até essa
sexta-feira (16), com diferentes serviços para a população indígena do
território.
A formação, coordenada pelo Conselho Estadual de Proteção aos Direitos
Humanos (CEPDH), coordenado pela Secretaria de Justiça e Direitos
Humanos (SJDH), contou com a colaboração do Tribunal Regional do
Trabalho da 5ª Região, da Secretaria de Políticas para
as Mulheres (SPM-Ba), da Coordenação de Juventude da Secretaria de
Relações Institucionais (Cojuve/SERIN-Ba) e do Centro de Promoção e
Defesa dos Direitos LGBT (CPDD/LGBT/SJDH).
“O objetivo da atividade hoje, foi discutir políticas para a juventude e
direitos humanos, para conscientizar os estudantes sobre o acesso à
Justiça e a relação dos Direitos Humanos com a vivência deles,
produzindo pertencimento e empoderamento através do conhecimento”,
afirmou Drielle Amunã, secretária executiva do CEPDH.
Através da campanha “Oxe, Me Respeite! nas Escolas”, a SPM-Ba integrou a
oficina levando uma discussão sobre prevenção da violência de gênero e
raça, masculinidades positivas, educação para relações raciais e
educação midiática. “Discutimos os impactos de conteúdos
online na vida real, através de uma dinâmica, mobilizando outras áreas
dos Direitos Humanos com uma perspectiva de gênero”, explicou
Francileide Araújo, coordenadora de prevenção à violência da SPM-Ba,
apontando como a Caravana de Direitos Humanos contribui
para a efetivação da Lei Maria da Penha, em seu aspecto de educação e
prevenção.
A pauta de gênero chamou a atenção da estudante do 3º ano do ensino
médio, Isabela Andrade (18), oriunda da aldeia Igalha. “Eu achei
importante quando elas estavam falando de violência contra a mulher,
porque é uma coisa que acontece muito aqui, que nem todo
mundo sabe, e as coisas que elas falaram ajudam a gente a refletir como
podemos ajudar essas pessoas. Elas pensam que aquilo ali não é nada,
mas realmente é tudo”, relatou.
A palestra promovida pelo CPDD/LGBT abordou os caminhos institucionais e
mecanismos para os casos de LGBTfobia nas escolas. A maioria dos
estudantes não conhecia o equipamento, que atende pessoas acima de 18
anos. Entretanto, a apresentação do CPDD para os
e as estudantes cumpriu o papel de disseminar informação sobre o
serviço, sobre os direitos da população LGBTQIAPN+ e o respeito à
diversidade no ambiente escolar. Uma capacitação para os professores do
Colégio Estadual Jorge Calmon será articulada como uma
das consequências da roda de conversa.
Com a equipe da Cojuve/SERIN, os e as jovens conheceram algumas das
políticas que atendem a essa população, a exemplo do ID Jovem, do Bolsa
Presença, do Pé-de-Meia, entre outros. Direitos trabalhistas e a
importância de preservar a memória e a história estiveram
presentes na intervenção do TRT-5.
“A minha conversa com os jovens é para que eles resgatem a cultura
indígena, que tenham essa responsabilidade com os antepassados, mas que
também tenham uma visão para o futuro, em vistas de uma vida melhor”,
afirmou a juíza do trabalho Dilza Crispina Maciel,
representante do TRT da 5ª Região.
A *Caravana dos Direitos Humanos* é uma iniciativa da Secretaria de
Justiça e Direitos Humanos da Bahia, em parceria com um conjunto de
órgãos públicos e iniciativas da sociedade civil para promover cidadania
em territórios vulnerabilizados no Estado. Em 2025,
já foram realizadas cinco caravanas: Salvador, Tanquinho, Água Fria,
Madre de Deus e Itacaré. O trabalho segue em Olivença até essa
sexta-feira (16).
Fonte: Ascom/SJDH