O Memorando de Entendimento formaliza estrutura para colaboração e cooperação que visa promover metas e objetivos compartilhados relacionados à Integração Regional Sul-americana - Foto: MPO
Brasil fortalece integração sul-americana com novo acordo de investimentos para rotas estratégicas
Durante o 7º Fórum Brasil de Investimentos, o
Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) firmaram um
Memorando de Entendimento para estabelecer uma estrutura de colaboração e
cooperação voltada ao fortalecimento de metas e objetivos da Integração
Regional Sul-Americana.
“O investimento em infraestrutura precisa ao menos
dobrar, o que significa termos parceiros, investimentos estrangeiros e
nacionais. O que precisamos é de parcerias como essa com a Apex, com
expertise para dar visibilidade internacional e credibilidade,
possibilitando com que muitos investidores estrangeiros possam colocar o
Brasil na rota de investimento”
Simone Tebet
Ministra do Planejamento e Orçamento
O acordo define objetivos como o
desenvolvimento de iniciativas para promover e divulgar as Rotas da
Integração Sul-Americana junto ao público da ApexBrasil; o engajamento
de agências de promoção de comércio e investimento da América do Sul,
além de instituições nacionais, subnacionais e entidades do setor
privado, como associações e empresas com potencial de utilizar as rotas
para integrar a infraestrutura física e digital entre os países. Outro
objetivo é fomentar e apoiar ações e projetos que visem aumentar os
investimentos e facilitar o comércio entre fronteiras sul-americanas.
O evento, organizado pela agência,
reuniu investidores, empresários, autoridades e especialistas para
discussão de oportunidades e desafios do ambiente de investimento no
Brasil. Durante o Fórum, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone
Tebet, apresentou detalhes da construção de cinco rotas de integração
sul-americana.
Os projetos visam ligar cidades
brasileiras como Manaus, Santos, Campo Grande, Belém e Cuiabá com portos
de destaque em outros países da América do Sul, como Coquimbo e
Antofagasta, no Chile; Chancay, no Peru; Manta, no Equador; Buenos
Aires, na Argentina; e Montevidéu, no Uruguai.
“O comércio intrarregional da América
Latina não chega a 18%. Se nós temos um mundo digital, conectado, com
segurança de fronteira e alfândega, temos condições de fazer sem medo de
errar. Estamos falando de mais turismo, mais emprego, mais importação e
exportação”, afirmou a ministra Simone Tebet.
O memorando também prevê avanços
regionais multidimensionais, a partir do acolhimento de experiências,
conhecimentos técnicos setoriais, ideias e lições aprendidas
relacionadas à agenda de integração transfronteiriça. Inclui, ainda, o
planejamento de atividades conjuntas em áreas de interesse comum para
promoção do investimento estrangeiro; além de colaborar na associação de
outras entidades para a agenda de integração. Por fim, prevê o
planejamento de atividades conjuntas voltadas à promoção da igualdade de
gênero e o empoderamento feminino.
Tebet também reforçou a necessidade de
aumentar os investimentos privados. “O investimento em infraestrutura
precisa ao menos dobrar, o que significa termos parceiros, investimentos
estrangeiros e nacionais. O que precisamos é de parcerias como essa com
a Apex, com expertise para dar visibilidade internacional e
credibilidade, possibilitando com que muitos investidores estrangeiros
possam colocar o Brasil na rota de investimento”, explicou a ministra.
ROTAS DE INTEGRAÇÃO
O projeto das cinco rotas de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano
busca incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da
América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias
entre o Brasil e seus vizinhos e a Ásia. Atualmente, além de visitar
cada um dos onze estados fronteiriços, o MPO dialoga com os países da
América do Sul sobre cada uma das rotas.
No total, 190 projetos do Novo PAC
estão voltados para contribuir com a integração regional. As obras de
integração no território brasileiro podem contar com um financiamento de
US$ 3 bilhões do BNDES, enquanto os bancos regionais de desenvolvimento
– Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de
Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e Fonplata
disponibilizaram outros US$ 7 bilhões.
“Nós temos condições de inaugurar uma
perna de cada uma dessas cinco rotas até o final do mandato do
presidente Lula, porque todas as obras necessárias já estão no PAC e não
vão ter impacto fiscal. Elas já estão dentro do orçamento”, afirmou
Tebet.
Ela também destacou as que podem ser inauguradas até 2026. “Nós temos condições, pelo lado do Amapá, de inaugurar até final de 2026, pela Rota 2, que é a mais ecológica, na COP30, que acontece em Belém do Pará, em 2025. Vamos alcançar o porto de Chancay, que é o maior investimento chinês na América Latina. De Chancay a Xangai, vamos diminuir o transporte marítimo em pelo menos 10 dias”, reforçou a ministra.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República