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Finados: Quais as principais tradições da data no Brasil
No próximo dia 2 de novembro é comemorado o Dia de Finados. A data é celebrada simultaneamente em alguns países e a diversidade cultural proporciona tradições e homenagens distintas, ao redor do mundo, para aqueles que já se foram.
Feriado no
Brasil, Finados mobiliza milhões de pessoas de norte a sul seja em
visitas aos cemitérios, igrejas e outros espaços religiosos. Diferente
de países como o México, onde o Dia de los Muertos é celebrado com
festa, aqui a data tem um caráter mais reflexivo e invoca o respeito e a
saudade daqueles que partiram.
A
relação próxima com a religião se reflete na realização de missas e
cultos ecumênicos especiais nesse dia, inclusive nos cemitérios. Mas na
hora das homenagens algumas diferenças podem ser percebidas de uma
região para outra. Flores e velas são um traço tradicional de Finados,
mas é possível encontrar também, principalmente em São Paulo, muitos
túmulos enfeitados com cataventos coloridos. No Nordeste, em estados
como o Ceará, por exemplo, devido ao clima seco e ensolarado, os túmulos
são enfeitados com flores artificiais e muitas famílias iniciam essa
decoração na semana que antecede a data, para que o local esteja bem
bonito no dia 2.
Outra iniciativa pode ser vista em alguns cemitérios é o sobrevoo de helicóptero com uma emocionante chuva de pétalas, encantando os visitantes e trazendo mais leveza para a ocasião.
Para
Roberto Toledo, diretor de operações e sustentabilidade do Grupo Zelo,
maior empresa de serviços funerários do Brasil, as tradições de Finados
no país mudaram muito pouco nos últimos anos e isso pode estar ligado
aos mitos e paradigmas criados pelos brasileiros em relação à morte.
“Muitas pessoas ainda alimentam crenças negativas em relação aos
cemitérios, mas o setor vem trabalhando para desmistificar cada vez mais
o assunto, criando uma relação com o tema. E Finados é uma boa
oportunidade para fortalecer o que há de positivo: a lembrança, a
homenagem e reflexão sobre a vida”, afirma.
Segundo ele, existe um movimento ainda tímido, que ganhou força depois da pandemia, que é a realização de homenagens virtuais. “Há plataformas que permitem acender velas virtuais ou mesmo deixar recado em um mural online e isso se torna uma facilidade para aqueles que moram longe dos locais de sepultamento dos entes queridos e não querem deixar de celebrar a data ou até mesmo para aqueles que não gostam de frequentar os cemitérios”, ressalta Toledo.
Por Dariane Araujo