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Hospital do GRAACC alerta para sintomas de câncer de cabeça e pescoço em crianças e adolescentes
No
próximo dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e
Pescoço. A doença é considerada o quinto tipo com maior incidência no
Brasil, sendo mais comum em adultos, mas também pode comprometer
crianças e adolescentes. O
Hospital do GRAACC, referência no combate ao câncer infantojuvenil,
destaca que um dos principais problemas para o tratamento é o
diagnóstico tardio.
“Nós
recebemos crianças e adolescentes com tumores muito extensos,
comprometendo muitas vezes a respiração. Se identificados e tratados
precocemente as chances de cura são muito boas, por exemplo o
rabdomiossarcoma orbital, chegam a 90% se o
diagnóstico é precoce”, diz a Dra. Eliana Maria Monteiro Caran,
oncologista pediátrica do Hospital do GRAACC.
Na
infância, geralmente, esse tipo de câncer é causado por eventos
genéticos. “Muitas vezes a criança nasce com uma alteração genética que
predispõe ao tumor, já em adolescentes existe a infecção crônica por
certos vírus, incluindo o HIV,
o vírus de Epstein Barr e o HPV. Em adultos existem alguns fatores de
risco, como, por exemplo, exposição à radiação, exposição ao tabaco e o
consumo de álcool”, explica a médica.
O
diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Por
isso, é preciso ficar atento a alguns sintomas. “O quadro clínico
depende da localização do tumor, mas pode se manifestar com o aumento de
linfonodos no pescoço,
obstrução nasal, como uma sinusite que não melhora e a criança começa a
dormir com dificuldade, começa a roncar a noite. Muitas vezes sai
secreção sanguinolenta do ouvido, ou até mesmo casos de estrabismo”,
revela Dra.
Eliana.
Em ordem de incidência, o tumor na
cabeça e pescoço de crianças e adolescentes, a neuro-oncologista
pediátrica do Hospital do GRAACC afirma que o mais comum são os
linfomas, principalmente o linfoma de Hodgkin, que se manifesta pelo
aumento dos linfonodos e pescoço. “Mas também
temos os sarcomas, o carcinoma de rinofaringe, o carcinoma de tireoide e
depois os tumores de glândulas salivares.
Esses
pacientes exigem um tratamento mais complexo, porque além da questão do
tumor existem também algumas questões estéticas e funcionais, como a
alimentação e respiração, tudo isso pode estar comprometido”, explica a
médica.
Para tratar a especialidade de forma integral, o Hospital GRAACC conta com uma equipe multiprofissional envolvendo radioterapia, diagnóstico por imagem, fonoaudiologia e psicologia.
Por Gabriel Santos