Foto: Shizuo Alves/MCom
Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20 avança em minuta da declaração ministerial
Representantes das 20 maiores economias do
mundo, e de mais alguns países convidados, encerraram nesta quinta-feira
(13) as discussões da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho de Economia
Digital (DEWG, na sigla em inglês) do G20, que aconteceu em São
Luís, no Maranhão.
De acordo com os membros, os debates
avançaram significativamente na capital maranhense. Os termos das
discussões ainda não podem ser divulgados.
O Grupo de Trabalho de Economia Digital do
G20 é liderado pelo Ministério das Comunicações, em parceria com os
ministérios das Relações Exteriores; da Gestão e Inovação em Serviços
Públicos; da Ciência, Tecnologia e Inovação; e da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Foram discutidos os seguintes temas:
inclusão digital, conectividade universal e significativa; governo
digital; integridade da informação e confiança no ambiente digital; e
inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável.
“São temas de fundamental importância para o
Brasil e para o mundo. As autoridades mundiais precisam e devem voltar
os olhos para os menos favorecidos. Só vamos obter a inclusão social se
houver inclusão digital. O objetivo do G20 é construir
consensos para buscar políticas públicas que visam melhorar a qualidade
de vida das pessoas e a superar as desigualdades”, disse o ministro das
Comunicações, Juscelino Filho.
O coordenador-geral de Políticas Públicas
para Serviços de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Daniel
Brandão Cavalcanti, afirmou que, agora, a minuta da declaração
ministerial será finalizada e concluída em Maceió, quando
acontece a última reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital,
seguida da Reunião de Ministros da Economia Digital.
“Tivemos importantes avanços em todos os
temas, aqui em São Luís. Em alguns pontos, ainda é preciso chegar a uma
convergência, mas o texto está sendo redigido com a colaboração de
todos, de uma forma muito respeitosa e equilibrada, que é o
tipo de conduta que norteia essas negociações”, afirmou Daniel.
O embaixador Luciano Mazza de Andrade,
diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Propriedade Intelectual
do Ministério das Relações Exteriores, disse que o balanço foi
positivo. “As negociações, aqui em São Luís, foram extremamente
proveitosas. Tivemos debates de alto nível relacionados aos temas
propostos”, afirmou.
Cronograma
A primeira reunião foi realizada por
videoconferência, em janeiro. A segunda ocorreu em Brasília, em abril.
Em São Luís, foram três dias de debates, de terça (11) a quinta (13). O
próximo encontro está agendado para setembro, em Maceió (AL). A
Cúpula de Líderes do G20 está agendada para os dias 18 e 19 de novembro
de 2024, no Rio de Janeiro, e terá a participação de 19 países membros,
mais a União Africana e a União Europeia.
O que é o G20?
Criado em 1999 em resposta à crise
financeira global, o G20 é um fórum de cooperação econômica
internacional que tem como objetivo debater temas para o fortalecimento
da economia mundial e desenvolvimento socioeconômico global. Desempenha
um papel
importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança
mundiais em todas as grandes questões econômicas.
Quais países fazem parte do G20?
África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita,
Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados
Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido,
Rússia e Turquia, além da União Africana e da União Europeia.
Ademais, países e organizações internacionais convidadas pelo anfitrião
também participam do G20.
Quem preside o G20?
O G20 conta com presidências rotativas
anuais. O Brasil exerce a presidência do G20 de 1º de dezembro de 2023 a
30 de novembro de 2024. Durante a presidência brasileira, o país
trabalhará em estreita colaboração com a Índia (Presidência de
2023) e a África do Sul (Presidência de 2025).
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