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Famivita traz dados sobre o autismo na Bahia e no Brasil
Entre os dados pertinentes à Bahia, por exemplo, estão: 85% das pessoas têm ciência de que os sinais do autismo se manifestam desde o início da infância; 60% das pessoas entrevistadas sabem que há pelo menos 2 milhões de autistas no Brasil; 69% das pessoas entrevistadas conhecem pelo menos uma pessoa com autismo na região.
O estudo também revelou disparidades significativas de gênero no conhecimento sobre o autismo, no Brasil, já que 69% dos homens responderam saber que os sinais do autismo podem ser observados desde o início da infância. Esse número é menor em comparação com as mulheres, que alcançaram 84%. Além disso, 43% dos homens afirmaram ter ciência de que no Brasil há mais de 2 milhões de autistas. Em contraste, 62% das mulheres tinham esse conhecimento. E, ainda, 54% dos homens destacaram que conhecem pelo menos uma pessoa com autismo, sendo que entre as mulheres, esse número foi mais alto, atingindo 67%.
Lacuna de dados no Brasil
O Brasil enfrenta uma carência de dados precisos relacionados ao autismo. Até hoje, por exemplo, apenas um estudo de prevalência foi realizado em Atibaia (SP) em 2011, com resultados de 1 autista para cada 367 habitantes. Este estudo foi um piloto e precisa de mais investigações para fornecer um retrato mais preciso.
O Censo do IBGE 2022 marcou um avanço significativo ao incluir o autismo em suas estatísticas pela primeira vez e os resultados ainda serão divulgados. Atualmente, estima-se que existam 2 milhões de autistas no Brasil, um número conhecido por 61% dos participantes do estudo Famivita, especialmente nas faixas etárias entre 35 e 44 anos, com 65% de conscientização.
O que se espera é que quanto mais informações forem disseminadas sobre o TEA, mais investimentos e pesquisas serão realizados, aumentando a precisão dos diagnósticos e capacitando médicos, professores e escolas a oferecerem uma melhor qualidade de vida para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Por Oziella Inocêncio