 (19).jpg)
Coleções de estilistas da Rota da Moda celebram a bioeconomia amazônica e artesanato no SPFW (Foto: Divulgação/MIDR)
Rota da Moda promove inovação e sustentabilidade no maior desfile do país
A Rota da Moda, iniciativa apoiada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), marcou presença no São Paulo Fashion Week (SPFW) com o desfile da marca Marina Bitu, representante do Polo das Artes do Litoral Cearense. A coleção apresentada foi inspirada na artista modernista Djanira da Motta e Silva e celebrou a força da cultura popular brasileira, unindo arte, sustentabilidade e inovação.
A Marina Bitu atua no mercado da moda com criações autorais que expressam o tempo presente, ao mesmo tempo em que resgatam saberes artesanais centenários. A marca produz em pequena escala para o público feminino, atendendo nas modalidades de varejo e atacado sob demanda. Com alcance nacional e internacional, a grife mantém forte compromisso com a valorização da cultura brasileira e nordestina, privilegiando práticas sustentáveis e relações éticas e transparentes com seus colaboradores.
“Ser cearense, nordestina e brasileira é o que inspira minha criação. É sobre traduzir a força das nossas raízes e mostrar que o fazer artesanal tem espaço na moda contemporânea”, destacou a estilista Marina Bitu.
Coleção inspirada na artista Djanira
A coleção, apresentada na 60ª edição do SPFW, mergulha no universo pictórico e espiritual da pintora Djanira da Motta e Silva, com foco nas cenas do cotidiano, na religiosidade popular e nas paisagens brasileiras. As peças traduzem um Brasil feminino, místico e popular, por meio de cores, texturas e bordados, resultando em uma leitura poética e contemporânea da obra da artista.
Polo das Artes do Litoral Cearense
Criado em junho de 2024, durante a Oficina de Planejamento Estratégico das Rotas de Integração Nacional, o Polo das Artes do Litoral Cearense surgiu no âmbito da Rota da Moda com o objetivo de fortalecer o coletivo de mulheres rendeiras que mantêm viva a tradição artesanal no estado. A iniciativa busca gerar oportunidades, valorizar a cultura local, promover capacitação e ampliar as possibilidades de produção e comercialização, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial (PNDR).
De acordo com Renata Ladeia, coordenadora do Comitê-Gestor do Polo, o Ceará conta com aproximadamente 10 mil rendeiras, especialmente na região litorânea. “Precisamos integrar tradição e inovação, redesenhando a cadeia de valor do artesanato e fortalecendo a economia criativa dos municípios”, afirmou.
Durante a oficina, foram identificados desafios e propostas para impulsionar a cadeia produtiva local, como a melhoria do escoamento da produção, a criação de unidades de demonstração das artes, a divulgação do artesanato em escolas e universidades e a padronização de etiquetas e embalagens. Também foram discutidas ações para ampliar a participação das rendeiras em feiras itinerantes, além da oferta de cursos de capacitação em associativismo, modelagem e precificação.
Rota da Moda
Criada em 2021, a Rota da Moda integra as Rotas de Integração Nacional e atua na estruturação da cadeia produtiva da moda sustentável em mais de 27 municípios dos estados do Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Goiás. Atualmente, conta com cinco polos estruturados – dois em Goiás e um em cada um dos demais estados.
A iniciativa promove inovação, geração de valor e inclusão produtiva, contribuindo para o fortalecimento de comunidades e para o desenvolvimento regional. “A Rota da Moda fomenta a economia circular, resgata saberes ancestrais e valoriza as expressões contemporâneas da moda brasileira”, destacou Viviane Ribeiro, consultora do MIDR.
Desenvolvimento regional e economia criativa
As Rotas de Integração Nacional, coordenadas pelo MIDR, são instrumentos de articulação e fortalecimento de cadeias produtivas estratégicas em diferentes regiões do país. Por meio delas, o Ministério promove a integração entre agentes públicos, privados e comunitários, impulsionando o desenvolvimento regional sustentável, a geração de emprego e renda e a valorização da cultura e do potencial produtivo local.
Fonte: Ascom/MIDR