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Julho Dourado alerta para zoonoses como a Leptospirose
Neste
mês, celebra-se o "Julho Dourado", uma campanha nacional dedicada à
conscientização sobre a importância da vacinação e prevenção de zoonoses
em animais de estimação. Este período visa alertar os tutores de
pets sobre os cuidados necessários para manter seus animais saudáveis e
livres de doenças, como a leptospirose.
Zoonoses
são doenças que podem ser transmitidas entre animais e seres humanos,
representando um risco significativo para a saúde pública. No caso da
leptospirose, a transmissão ocorre principalmente pelo contato com água
contaminada pela urina de
animais infectados, como ratos.
A leptospirose é uma doença causada por diferentes tipos da bactéria Leptospira interrogans,
sendo muito comum em épocas de chuva intensa e enchentes, como a atual
emergência no Rio Grande do Sul e o desastre ocorrido no Litoral Norte
de São
Paulo em fevereiro do ano passado. Em áreas de risco para inundações, a
incidência da doença pode aumentar em mais de 10 vezes, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae e Copenhageni
são os mais frequentes nos casos que acometem cães, tornando a
prevenção e a conscientização essenciais. É o que pontua Kathia Almeida
Soares, médica-veterinária e
coordenadora de vendas técnicas e geração de demanda da unidade de
negócio de Animais de Companhia da MSD Saúde Animal.
Manifestações clínicas e tratamento
A leptospirose se desenvolve quando as bactérias leptospiras penetram no corpo através das mucosas da boca, nariz ou olhos, ou pela pele lesionada, arranhada ou amolecida em contato com água contaminada. “Os microrganismos se multiplicam rapidamente após entrar no espaço vascular, em um processo conhecido como ‘leptospiremia', e, em seguida, disseminam-se e replicam-se em muitos tecidos, como fígado e rins (colonização renal havendo a eliminação das bactérias junto com a urina – leptospirúria, podendo infectar outros animais e seres humanos). O grau de lesão dos órgãos é variável, dependendo da imunidade do hospedeiro, da virulência do microrganismo e da capacidade do hospedeiro de manter a infecção’’, explica a médica-veterinária.
Febre,
letargia, falta de apetite, vômito, diarreia, petéquias (pontos
avermelhados na pele devido ao sangramento), dor lombar, icterícia (pele
e olhos amarelados), oligúria ou anúria (diminuição ou ausência da
produção de urina devido ao
comprometimento renal) são algumas das manifestações que o animal pode
apresentar e que, inclusive, podem levá-lo à óbito.
Em
relação ao tratamento, Kathia relata que antibióticos, como a
Doxiciclina, inibem de imediato a multiplicação do microrganismo e
reduzem rapidamente as complicações fatais da infecção, como
insuficiência renal e hepática. “Quanto mais
cedo esses agentes antimicrobianos forem usados, maior a probabilidade
de reversão da lesão tecidual causada por essas bactérias,” ressalta.
Além do tratamento com antibióticos, outras terapias, como fluidoterapia
e suporte para alterações
gastrintestinais, podem ser necessárias.
Prevenção
Segundo
a médica-veterinária, a melhor forma de prevenção é a vacinação. Uma
opção é a Nobivac DHPPi+L, vacina do portfólio da MSD Saúde Animal que,
além de contribuir para a prevenção da leptospirose, confere proteção
contra cinomose,
hepatite infecciosa canina, adenovirose, parvovirose e parainfluenza
canina. “É uma vacina que traz em sua composição o sorovar Canicola e o sorovar Copenhageni, considerados como os mais importantes no campo da América Latina, segundo
a WSAVA (World Small Animal Veterinary Association)’’, pontua a especialista.
A
Nobivac DHPPi+L pode ser administrada a partir de 6 semanas de idade,
com doses a cada 3-4 semanas até 12 semanas conforme preconiza a bula ou
até 16 semanas ou mais conforme orientação do veterinário, e deve
seguir o calendário vacinal. “A
vacinação contra a leptospirose deve ser administrada anualmente,
considerando ser uma doença zoonótica, grave e, possivelmente, fatal,
cuja exposição pode ocorrer independentemente da idade do animalzinho’’,
afirma
Kathia.
Mesmo com a vacinação, é essencial diminuir o acesso dos animais a fontes potenciais de infecção, como áreas pantanosas e águas paradas, e minimizar o contato com hospedeiros reservatórios, como roedores. Neste Julho Dourado, a mensagem é clara: a prevenção é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar dos animais de estimação.
Sobre a MSD Saúde Animal ?
Há mais de 130 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. A MSD Saúde Animal, uma divisão da Merck & Co., Inc., é a unidade global de negócios de saúde animal da MSD. Por meio do seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis, a MSD Saúde Animal oferece a médicos-veterinários, pecuaristas, donos de pets e governos uma grande variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, soluções e serviços de gestão de saúde, além de um amplo conjunto de tecnologia conectada que inclui produtos voltados à identificação, à rastreabilidade e ao monitoramento. A MSD Saúde Animal é dedicada a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas. Investe amplamente em recursos de P&D e em uma cadeia de suprimentos moderna e global. A empresa está presente em mais de 50 países e seus produtos estão disponíveis em cerca de 150 mercados.?
Por Luana Ribeiro