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Reunião da Sala de Situação para controle e prevenção do desmatamento e enfrentamento de incêndios e queimadas no Pantanal e na Amazônia - Foto: Wagner Lopes / CC
Governo Federal amplia força-tarefa para combate a incêndios no Pantanal
Após
a segunda reunião da Sala de Situação para ações de controle e
prevenção do desmatamento e enfrentamento de incêndios e queimadas no
Pantanal e na Amazônia, nesta segunda-feira, 24 de junho, a ministra do
Meio Ambiente e Mudança do Clima,
Marina Silva, anunciou o aumento do efetivo de profissionais para
combate ao fogo no Pantanal.
Atualmente,
a operação conta com 175 brigadistas do Ibama, 40 do ICMBio, 53
combatentes da Marinha atuando no território. Além disso, profissionais
do Corpo de Bombeiros e brigadistas da iniciativa privada também estão
envolvidos nas ações.
Segundo Marina, a colaboração de diferentes setores é essencial para
enfrentar a emergência climática.
"Teremos um
adicional de 50 brigadistas do Ibama, 60 que virão da Força Nacional,
além de termos também uma mobilização de mais brigadistas do Ibama a
partir da necessidade que tivermos de fazer essas contratações,
inclusive fazendo mudanças no
marco regulatório, para que seja diminuído o interstício de seis meses
para três meses e poder contratar esses brigadistas com mais
celeridade", pontuou a ministra.
Marina
frisou que há um trabalho de diversos ministérios sendo feito para
combater o fogo no Pantanal, unindo esforços e recursos para uma
resposta eficaz e coordenada. "Na Amazônia, a estiagem leva para
esforços em relação a logística e
abastecimento. E, no Pantanal, tem a ver com logística e incêndio.
Porque nós estamos diante de uma das piores situações já vistas no
Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa. Nós
não tivemos a cota de cheia. Não
tivemos o interstício entre o El Niño e La Niña. E isso faz com que uma
grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão esteja
causando incêndios que estão fora da curva em relação a tudo que se
conhece", alertou.
VISITA E ORÇAMENTO
Na próxima sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet
(Planejamento e Orçamento) desembarcarão em um dos municípios que
apresenta mais focos de incêndios, Corumbá (MS). “O nosso trabalho
está integrado aos governos locais e vamos ver de perto a situação que
já estamos acompanhando diuturnamente. Não faltarão recursos, com
responsabilidade, para salvarmos a maior planície alagável do mundo”,
afirmou Tebet ao destacar liberação
de R$ 100 milhões em favor do MMA, que já estão sendo alocados para
Ibama e ICMBio.
"Os
ministérios estarão apresentando os custos necessários para que nós
possamos tomar já a primeira deliberação na Junta de Execução
Orçamentária que se dará na quarta-feira (26/6)", adiantou. Segundo
Tebet, a decretação de situação
de emergência nos municípios sul-mato-grossenses, nesta segunda-feira
(24), pelo governo estadual, permite investir aquilo que é necessário
com responsabilidade.
A
ministra do Meio Ambiente pontuou, após a reunião, que 85% dos incêndios
estão em propriedades particulares. "Nós temos uma responsabilidade
sobre as Unidades de Conservação federais, mas, neste momento, dos 27
grandes incêndios, o Governo
Federal está agindo em 20, mesmo não sendo da nossa competência, porque o
fogo não é estadual, não é municipal, o fogo é algo que destrói a vida e
cria prejuízos econômicos, sociais e ambientais", garantiu Marina.
Os governos
estaduais decretaram a proibição definitiva de manejo de fogo até o
final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem. "Serão
responsabilizados, nos termos da lei, qualquer incidente ou incêndio
criminoso no Pantanal.
Isso é tão importante quanto o orçamento", expôs a ministra do
Planejamento.
"É muito
importante a gente abordar isso, que exige ainda mais essa sinergia do
Governo Federal com os governos estaduais e a sociedade, uma vez que
mais de 90% do que está queimando no Pantanal diz respeito às
supressões, consequentemente,
queimadas, mesmo agora com os governos proibindo qualquer ação nesse
sentido em 2024", pontuou o ministro da Integração e do Desenvolvimento
Regional, Waldez Góes.
LOGÍSTICA
O Ministério da Defesa atua para melhorar o suporte logístico da
região, no transporte dos brigadistas para as áreas estratégicas. "Foram
estabelecidas duas bases principais para que, a partir dali, os
brigadistas e
os combatentes do incêndio pudessem ser deslocados e combater com
eficiência, com rapidez e com eficácia os incêndios", explicou o
almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. O governo
estuda ainda a implantação de base avançada, na estrada Transpantaneira,
para acelerar a logística e o trabalho, alocando combatentes mais
próximos aos focos de fogo.
A pasta
disponibilizou, além das embarcações necessárias para se deslocar pelos
rios, seis helicópteros e duas aeronaves. "Uma delas é o KC-390, que é
uma aeronave construída no Brasil de última geração e que tem uma
capacidade de combate a
incêndios por um sistema de dispensa de água que pode carregar até 10
mil litros de água em cada voo e pode auxiliar muito no combate aos
incêndios. Além disso, estamos nos disponibilizando para apoio e
acolhimento a esses combatentes nas bases
designadas para que nós possamos fazer esse emprego de maneira eficaz e
eficiente também com equipamentos de comando e controle de
comunicações", observou o almirante.
O Ministério da
Justiça também está trabalhando de forma integrada no combate aos
incêndios. "Além de disponibilizarem efetivo de pessoas para o
enfrentamento e aeronaves, eles estão fazendo um trabalho de
inteligência para que todos aqueles
criminosos que estão provocando incêndios criminosos possam ser
devidamente investigados e punidos", finalizou a ministra Marina.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República