Neste mês de outubro, celebramos o Dia Mundial dos Fertilizantes (13), uma data que reconhece a importância desse insumo fundamental para a vida humana. Os fertilizantes são responsáveis por garantir nutrientes essenciais às lavouras e, consequentemente, aos alimentos que chegam à nossa mesa. Estima-se que metade da comida produzida no planeta só é possível graças ao uso desses insumos.  
 

Muitas vezes invisíveis aos olhos do consumidor, os fertilizantes estão por trás de cada pão, cada prato de arroz, cada fruta e cada verdura. No dia a dia, quase ninguém se dá conta disso. Ele fornece nitrogênio, fósforo, potássio e outros elementos que as plantas retirariam do solo. São os fertilizantes que repõem ao solo o que as plantas retiram, assegurando colheitas abundantes, qualidade nutricional e, acima de tudo, segurança alimentar.

Quando se fala em grandes invenções da humanidade, geralmente pensamos na roda, na eletricidade ou na internet. Poucos lembram, porém, daquela que provavelmente mais vidas salvou até hoje: os fertilizantes. Temos a tendência de subestimar essas inovações que aumentam nossa expectativa de vida ao longo das décadas. Mas, estima-se que a inovação trazida pelos fertilizantes minerais salvou cerca de 3,5 bilhões de vidas.

Com a redução da fertilidade do solo, e, consequentemente, com a diminuição do rendimento das culturas a cada colheita, há a drástica diminuição de alimentos. Para repor os nutrientes e restaurar a fertilidade do solo, obtendo uma produção regular, ano após ano, os fertilizantes são essenciais.

Graças a eles, bilhões de pessoas em todo o mundo têm acesso diário a alimentos que simplesmente não estariam disponíveis sem essa tecnologia. Estima-se que cerca de metade de toda a comida produzida no planeta só existe porque há fertilizantes enriquecendo os solos e suprindo as plantas com nutrientes essenciais.

Foi essa reposição, em escala, que permitiu sustentar o crescimento populacional desde o século XX. Sem fertilizantes, simplesmente não haveria terra cultivável suficiente para alimentar os mais de 8 bilhões de habitantes do nosso planeta.

Além de garantir a comida que chega à mesa, os fertilizantes são peça-chave da segurança alimentar mundial. Em tempos de mudanças climáticas, eventos extremos e pressões sobre a agricultura, eles seguem sendo indispensáveis para manter a produtividade agrícola e evitar crises de fome.

Mas seu papel vai além da produtividade: os fertilizantes também são aliados da sustentabilidade ambiental. Ao aumentar a eficiência no uso da terra, eles reduzem a necessidade de abertura de novas áreas agrícolas, ajudando a preservar florestas e ecossistemas. Com tecnologias cada vez mais inovadoras, permitem ainda usar menos recursos naturais – como água e energia – e minimizar perdas de nutrientes para o ambiente.

Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.