A Cia. Vatá que há duas décadas pesquisa a síntese e as fronteiras entre música, dança, teatro, circo e manifestações tradicionais brasileiras, propõe na oficina “Corpo Brincante” investigar este universo de criação híbrido das matrizes culturais nordestinas. 

“Na oficina, os participantes entrarão em contato com essa técnica de brincar nos ritmos tradicionais nordestinos e através dela estarão aptos a integrarem o corpo em busca de sua memória, trazendo à tona sua propria história. Chamamos essa memória de dança pessoal, e tomando emprestado da dança contemporânea técnicas, como contato e improvisação, já adaptadas às matrizes provindas de nossas danças tradicionais”, detalha a diretora da Cia. Vatá, Valéria Pinheiro. 

O programa educativo da exposição realiza também mais uma edição do Fala Vila – Conversas com o tema “Gestão, Mediação e Processos Criativos: experiências entre a Bahia e o Ceará”, com a participação de Valéria Pinheiro e do diretor de teatro e doutor em Educação pela UFRN, Vinício de Oliveira Oliveira. Vinicio iniciou sua carreira no Teatro Vila Velha, foi criador do grupo A Outra Companhia de Teatro, um dos grupos residentes do Vila, e foi também gestor do teatro. Vale ainda ressaltar que Valéria é gestora do Ponto de Cultura ABCVATA, com ações no Quilombo dos Souza, Quilombo dos Mulatus e na área rural do território Mãe D'água. A mediação do evento é da gestora cultural, curadora e diretora de projetos do Teatro Vila Velha, Cristina Castro.

As ações do educativo da primeira exposição de artes visuais do CCBB Salvador cumprem também o propósito do programa “O Vila Ocupa a Cidade”, que mantém o eterno movimento de expansão das atividades do teatro por diferentes espaços da capital. Sendo assim, compõe uma série de colaborações que estão previstas enquanto dura a reforma do espaço, que vem prestando ininterruptamente serviços ao país, formando artistas, coletivos e estéticas, produzindo conteúdos inovadores, refletindo e debatendo questões urgentes da sociedade e construindo políticas culturais de inclusão e acesso, em parcerias com comunidades, instituições, grupos e festivais de diversos municípios, estados e países.

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O patrocínio da exposição “Vila Velha, Por Exemplo - 60 anos de um teatro do Brasil" é do Banco do Brasil, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal, com apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e Secretaria Estadual da Cultura. A produção é da Janela do Mundo com coprodução do Teatro Vila Velha.  

SERVIÇO:

Oficina "Corpo Brincante, um convite ao território ancestral"

com Valéria Pinheiro (CE)

Data: 29 e 30/10 (terça e quarta)

Horário: 9h às 12h

Local: MAM (Arcadas)

Gratuita 

Fala Vila "Gestão, mediação e processos criativos: Experiências entre a Bahia e o Ceará"

com Valéria Pinheiro e Vinício Oliveira Oliveira. Mediação: Cristina Castro.

Data: 01/11 (sexta)

Horário: 16h

Local: MAM (Casarão)

Gratuito 

SOBRE VALÉRIA PINHEIRO 

Valéria Pinheiro é coreógrafa e diretora artística da Cia. Vatá desde 1994. Gestora Cultural do Café Teatro das Marias de 2000 a 2018, quando passou a se chamar Eco Marias do sertão. E vem desde 2018 trabalhando na Zona Rural de Jati/CE. É coordenadora pedagógica do Ponto de Cultura ABCVATA (Associação de Brincantes da Cia. Vatá) e coreógrafa do Pontinho de Cultura Escola de Musicais (Cultura e Infância). A artista possui trabalhos realizados em colaboração com Margareth Morrison - Nova York (2000 a 2005);Colaboração com Lane Alexander Chicago (2005 a 2009); Colaboração com Augusto Soledade Miami - (2003); Colaboração com DID (Decideddly Jazz Dance Work) Calgary Canadá - (20012, 2013, 2014 e 2015); e é ganhadora de prêmios nas categorias dança, cinema e audiovisual, nas instâncias municipal, estadual e federal.

SOBRE VINÍCIO DE OLIVEIRA OLIVEIRA

Diretor, Ator, Produtor, Gestor Cultural. Professor Efetivo da URCA. Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC da Escola de Teatro da UFBA (2014), Doutorando no curso do PPGEd da UFRN. Iniciou sua carreira profissional no Teatro Vila Velha, onde trabalhou por treze anos. No TVV atuou como ator, diretor de espetáculos, produtor e coordenador de projetos artísticos culturais.  Dirigiu A Outra Cia de Teatro. Em 2010, assumiu a direção do Teatro Vila Velha. Alguns dos espetáculos: O Pique dos Índios ou Espingarda de Caramuru (contemplado com o prêmio Miryan Muniz de Teatro da Funarte em 2008); O Contêiner (contemplado com o prêmio Miryan Muniz de Teatro da Funarte em 2006 e selecionado para a Mostra Oficial do Festival de Curitiba em 2007); Debaixo Dágua em Cima da Areia (Selecionado para o Festival de São Cristóvão, Sergipe, 2006); Arlequim Servidor de Dois Patrões (Indicado como melhor espetáculo pelo Prêmio Braskem de Teatro e ganhador do Prêmio de Diretor Revelação de 2004); Remendo Remendo (Indicado como melhor espetáculo infantil pelo Prêmio Braskem de Teatro de 2002).