
Foto: Divulgação / Arquivo ZDL Sports
Melo e Demoliner param na estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Por Doro Jr. e Deborah Mamone
Em um jogo muito equilibrado, definido nos detalhes, o mineiro Marcelo
Melo e o gaúcho Marcelo Demoliner pararam na estreia nos Jogos Olímpicos
de Tóquio, adiando o sonho da conquista de uma medalha olímpica nas
duplas masculinas. Os croatas Nikola Mektic e Mate Pavic - cabeças de
chave 1 - marcaram 2 sets a 0, parciais de 7/6 (8-6) e 6/4, em 1h37min,
no Ariake Tennis Park, neste sábado (24), no Japão. Melo e Demoliner
formaram a dupla nesta semana, já na capital japonesa, após o mineiro
Bruno Soares ter de se retirar da disputa por causa de um apendicite.
Melo
- que tem o patrocínio de Centauro e BMG, com apoio da Volvo, Head,
Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis -
aguarda agora a definição da chave de duplas mistas, para jogar ao lado
da paulistana Luisa Stefani, a partir da próxima semana.
Um
primeiro set sem quebras levou a definição para o tie-break. Melo e
Demoliner começaram muito bem e abriram 5/0. Mas, a partir daí, os
croatas foram em busca da reação. E conseguiram igualar, 5/5, e virar,
marcando 8-6 para sair na frente no jogo. No segundo set, novamente
equilíbrio. Melo e Demoliner tiveram a chance de quebra no nono game,
mas Mektic e Pavic salvaram os dois break-points, fizeram 5/4, para na
sequência quebrar e vencer por 6/4.
Em Tóquio, Melo disputa a sua
quarta Olimpíada. Já esteve em Pequim-2008 (com André Sá) e em
Londres-2012 e Rio-2016 (ao lado de Bruno Soares). Com Demoliner, que
está nos Jogos pela primeira vez, formou dupla pelo Brasil na Copa
Davis, em 2018.
O Time Brasil está em Tóquio com seis
representantes. Além de Melo e Demoliner, nas duplas masculinas, as
paulistas Luisa Stefani e Laura Pigossi jogam nas duplas femininas. O
mineiro João Menezes e o cearense Thiago Monteiro, nas simples.
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking
Recordista
brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas
no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP
Finals – completou oito seguidas em 2020 -, Marcelo somou mais um
recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington,
em julho de 2019, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a
atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas –
25 consecutivas - como líder do ranking mundial individual de duplas da
ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 - e 17 semanas
em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22
semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por
mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Único brasileiro na
história a ser número 1 do mundo em duplas.
Em 2020, no México,
no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da
carreira, o 14ª com o polonês Lukasz Kubot, e no mês de outubro, no ATP
500 de Viena somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano
consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e
Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35
títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França
(2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove
ATP 500 e 15 ATP 250.
Nove vitórias em 2021
Em 2021,
Marcelo Melo tem três vitórias ao lado do romeno Horia Tecau, uma na
estreia no Murray River Open (ATP 250) e duas no Australian Open, ambos
em Melbourne. Uma vitória jogando com a russa Vera Zvonareva na estreia
nas duplas mistas do Grand Slam. Duas vitórias com Jean-Julien Rojer, na
estreia do ATP 250 de Doha e na estreia do Masters 1000 de Madri. Três
vitórias com Lukasz Kubot em Wimbledon.
Em 2020, Melo e Kubot
somaram 22 vitórias, na estreia no Australian Open e no ATP 250 de
Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco, uma no
Masters 1000 de Cincinnati, uma no ATP 500 de Hamburgo, uma na estreia
em Roland Garros, três no primeiro ATP 250 e uma no segundo em Colônia,
quatro em Viena, duas em Paris e uma no ATP Finals.
Marcelo, 37
anos, e Kubot, 39 anos, formaram parceria desde o início da temporada
2017, encerrada no final de 2020 e retomada agora. Antes, jogaram em
torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Em
2020, Melo e Kubot terminaram como a sétima melhor parceria do ano, com
2.340 pontos. No ranking mundial individual de duplas, pela oitava
temporada seguida, Marcelo ficou entre os Top 10. No ano passado, foi
décimo. Em 2019, sétimo. Em 2018, nono do mundo, primeiro em 2017 e
2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro
título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal.
Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e
duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos
em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai
(2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016),
Miami (2017) e Madri (2017).
Fonte: ZDL Sports