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Foto: Divulgação
Guache Marques participa da exposição coletiva “Tamboretes da Alma”, na Galeria Alma
O artista visual e designer gráfico Guache Marques é um dos participantes da exposição coletiva “Tamboretes da Alma”, em cartaz na Galeria Alma, localizada na Rua Bartolomeu de Gusmão, no Rio Vermelho, em Salvador. A galeria, dirigida por Ricardo Sena e Fabrício Branco, abre suas portas para uma reflexão estética e conceitual sobre o objeto-tamborete, a partir de múltiplas linguagens artísticas.
Guache apresenta a obra “Nada é o que Parece Ser”, composta por um tamborete em posição invertida e uma pintura em acrílico sobre papel Fabriano. A instalação propõe um diálogo direto com o universo do surrealismo, especialmente com a icônica obra de René Magritte “La trahison des images” (A traição das imagens), famosa pela frase “Ceci n’est pas une pipe”.
“Minha intenção ao apresentar esta obra é fazer uma alusão ao 'non sense' criado por Magritte, onde o conteúdo aparente trai o conteúdo latente”, explica Guache. “O tamborete que usei, construído por mim em 1968, é um objeto guardado há 57 anos, desde meus primeiros passos no design. Ao colocá-lo 'de pernas para o ar', ele se transforma numa escultura contemporânea, perdendo sua função original e ganhando novo significado como arte.”
A obra convida o público a refletir sobre as camadas de sentido e a relação entre forma e função, objeto e conceito. O tamborete dialoga com a pintura apresentada, estabelecendo conexões visuais e simbólicas que ampliam o escopo da obra para além do objeto físico.
A exposição ““Tamboretes da Alma” é uma celebração da criatividade e da ressignificação de objetos do cotidiano, reunindo artistas que transformam o banal em poético, o funcional em simbólico.
Serviço:
Exposição: “Tamboretes da Alma” - até 16 de maio
Artista: Guache Marques
Local: Galeria Alma – Rua Bartolomeu de Gusmão, Rio Vermelho, Salvador
Curadoria: Ricardo Sena e Fabrício Branco
Obra em destaque: “Nada é o que Parece Ser”
@guachemarques
Por Doris Pinheiro