Homenageando o retorno dos negros escravizados na Bahia para vida livre no Benin (África), uma missão do Governo do Estado, comandada pela Secretaria de Turismo (Setur-BA), desembarcou, na quinta-feira ( 9), em Cotonou, a maior cidade beninense. A missão integra a comitiva do Ministério da Cultura do Brasil, para três dias de intercâmbio de experiências entre os dois países e a continuidade da negociação da abertura do voo direto de Cotonou para Salvador, iniciada pela Setur-BA, em 2024.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes; o prefeito de Salvador, Bruno Reis; o secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar;  o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge; o deputado Bacelar, membro da Comissão de Turismo da Câmara Federal; o assessor especial do governo baiano, Ivan Alex, e técnicos fazem parte da comitiva. Eles foram recebidos pela embaixadora brasileira Regina Célia de Oliveira e por autoridades do Benin.

No primeiro dia, a missão baiana visitou a Prefeitura de Uidá, cidade próxima a Cotonou, onde foram discutidas as similaridades entre as culturas da Bahia e do Benin e o interesse de maior aproximação entre os dois povos.

“Estou me sentindo na Bahia. A energia daqui encontra identidade com os baianos. Por isso, será muito importante estabelecermos a conectividade aérea entre os dois destinos, para que possamos estreitar os laços históricos e culturais, abrindo uma nova rota do afroturismo”, relatou o secretário Maurício Bacelar, que entregou material informativo sobre a infraestrutura e os atrativos das 13 zonas turísticas baianas.

“Estamos muito felizes em receber essa comitiva de baianos, da nossa cidade irmã, que é Salvador. Um momento de troca de experiências culturais, mas, também, uma oportunidade de conversar sobre negócios entre o Benin e a Bahia”, completou o prefeito de Uidá, Cristian Rouetchenou.

Em seguida, as autoridades baianas visitaram pontos turísticos da cidade, como o Templo da Python, dedicado à serpente sagrada; e a Porta do Não Retorno dos Escravos, na região costeira, onde acontece o Vodun Days, festival de arte, cultura e espiritualidade, com referências do candomblé praticado no Brasil.