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ARTIGO - Diversidade e inclusão na formação de uma geração empreendedora - Prof. MSc. Tiago Piñeiro Martins
Educar para diversidade deve ser uma das principais preocupações contemporâneas na educação, principalmente se tivermos o interesse de formar uma geração que busque empreender e desenvolver novas oportunidades em nossa sociedade.
O Brasil, atualmente, já começa a construir um ecossistema de inovação mais robusto com estruturas de startups e, até as empresas com modelagens mais conservadoras buscam modernização para se inserir em novas oportunidades. Nessa atmosfera de inovação é saudável que ocorram brainstorming com grupos heterogêneos, onde essa diversidade possa complementar e ampliar as ideias em debate. Afinal, experiências distintas colaboram para formar um repertório mais amplo e enriquecido para responder as demandas.
A educação tem como desafio incluir os pensamentos mais diversos no mesmo grupo, formar pessoas que consigam trabalhar coletivamente sem segregar o semelhante por ser uma pessoa com deficiência (PCD) ou pelo seu gênero, orientação sexual, etnia, idade ou classe social. Até porque cada pessoa na sua individualidade e integralidade possui suas experiências e habilidades especificas.
Dessa maneira, formar nossas crianças e jovens com essa preocupação na diversidade é construir uma forma de pensar inclusiva que vai de encontro com os padrões tradicionais que alimentam o preconceito e a discriminação de quem se apresenta como diferente. Assim, essa geração que transita com naturalidade com indivíduos totalmente distintos, desenvolvem maior empatia e compreensão construindo uma comunicação não violenta.
As escolas atuais limitam a dimensão intelectual apenas a inteligência lógico matemática e linguística, ignorando as múltiplas inteligências, não valorizando as relações interpessoais e intrapessoal, não tendo a devida valorização com a dimensão emocional do indivíduo.
Investir na educação das crianças e jovens de hoje é investir em uma sociedade onde o mercado vai receber profissionais diferenciados. Profissionais estes, que acolhem na pluralidade de cada cidadão, respeitando suas singularidades para transformá-los em valiosos ativos na cultura organizacional de empresas mais criativas e produtivas. E, por fim, capazes de evoluir com responsabilidade social e foco em ações afirmativas em favor da diversidade de um ambiente mais positivo, criativo e horizontal.
Dessa forma, percebe-se a necessidade de nossas escolas se preocuparem menos em moldurar nossas crianças e desenvolverem uma mentalidade empreendedora, enfatizando a diversidade cultural e incentivando uma formação para inclusão e produtividade.
Tiago Piñeiro Martins é pedagogo, mestre em Ciências da Educação e vice diretor da VIA EDUCAR consultoria educacional.