Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia, no Palácio do Rio Branco (Praça Municipal), tem entrada gratuita (Foto: Tatiana Azeviche/Setur)
Visita a museus do Centro Histórico aumenta com a chegada do verão
O roteiro dos museus da cidade é um dos preferidos pelos turistas que visitam Salvador na temporada de verão, em busca de programação cultural. Em áreas de grande concentração turística, como o Centro Histórico, a circulação pelos museus cresce significativamente. E há vários deles nas imediações da Praça Municipal, Praça da Sé, Terreiro de Jesus e Pelourinho.
No Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia, no Palácio do Rio Branco (Praça Municipal), que tem entrada gratuita, “a média de visitantes por dia", segundo o museólogo Wladimir Teixeira Lima, responsável pelo local, "tem sido de 300 nestes dias de verão, e os turistas correspondem a cerca de 60% do público”.
Dividido em duas alas – República Velha e República Nova –, o memorial tem como acervo objetos de ex-governadores da Bahia doados por seus familiares, a exemplo de medalhas, documentos, espadas e ombreiras, além de uma pinacoteca com 46 quadros. Há ainda painéis informativos e um monitor com exibição de vídeos.
“Gostei especialmente dos quadros dos governadores, da história e dos vídeos”, disse Sam Even, californiano da cidade de Oakland (EUA), que visita a Bahia pela primeira vez. Ele aproveitou a passagem pelo memorial para assistir a uma apresentação de samba de viola das senhoras do Grupo Eterna Juventude, que reuniu muitos turistas na ala de entrada do palácio.
"Já passei por Florianópolis, Santarém e Rio de Janeiro, mas achei muito interessante a cultura da Bahia, é diferente de tudo o que vi no Brasil”, acrescentou Sam Even. Turistas da Argentina, da China, da Hungria e até da Letônia, como Martins Laiko, que veio à Bahia com a paulista Laiana Rodrigues, estão entre os estrangeiros que circulam pelo memorial neste verão.
Casa de escritor
No Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado, que reúne fotografias, vídeos, manuscritos e obras originais do famoso escritor baiano e da esposa, a também escritora Zélia Gattai, é outro espaço museólogo do Centro Histórico que recebe grande número de visitantes, especialmente na alta temporada.
“A média é de 220 a 250 visitantes por dia e a grande maioria é de turistas, um fluxo que cresce muito com a chegada dos navios de cruzeiro”, informou Thainan Abreu, atendente da fundação. A taxa de acesso ao espaço, que inclui ainda loja e café, é de R$ 5, com exceção das quartas-feiras, quando a entrada é gratuita.
Entre os visitantes que circulavam pela Casa de Jorge Amado, na tarde da última segunda-feira (6), estavam os cariocas Hamilton Ribeiro e Sandra Pires. “Estou me sentido extremamente emocionada por visitar o espaço de um escritor brasileiro que foi tão combativo e dedicado às causas sociais”, disse Sandra.
A Fundação Casa de Jorge Amado reúne fotografias, vídeos, manuscritos e obras originais do escritor e de Zélia Gattai
(Foto: Tatiana Azeviche/Setur)
Hamilton, que disse já ter lido praticamente todos os livros de Amado, teve uma surpresa ao visitar o espaço. “O que mais me chamou a atenção foi a precocidade de Jorge Amado. Não sabia que ele tinha começado a escrever aos 19 anos”.
Museus
O livro de registros do Museu Eugênio Teixeira Leal, também no Pelourinho, trazia neste dia assinaturas de visitantes de lugares como São Paulo, Rio de Janeiro, Volta Redonda (RJ), Recife e também de Camaçari, na Bahia. O local, que tem entrada franca, expõe cédulas, moedas, medalhas e condecorações.
Outros museus do Centro Histórico, como o Tempostal (com acervo de postais, fotografias e estampas históricas), Abelardo Rodrigues (peças de arte sacra) e Udo Knoff (azulejaria e cerâmica), além do Museu Nacional de Cultura Afro-Brasileira, também são beneficiados com o aumento do fluxo turístico na região.
“Este é o nosso primeiro dia de visitas em Salvador e queremos conhecer a exposição gastronômica do Sesc, o Museu de Cultura Afro-Brasileiro e também o MAM”, revelou Karen Dias, de Itajubá (MG), que apreciava o acervo da Fundação Casa de Jorge Amado. Acompanhada da amiga Bárbara Andreatini, de São Paulo, ela estava disposta a cumprir um roteiro especial por museus da cidade.
Fonte: Ascom/Setur